Capítulo 38. Reunião de família
— Então, resumindo: você conheceu um cara qualquer na balada, que por acaso também já morou em Rio Claro do Sul, e trouxe ele pra sua casa?!
— Não foi no mesmo dia…
— Ele pode ser um psicopata, Ana.
— Relaxa, James não é um psicopata. Eu tenho bons instintos, e ele é um artista, não da para ser psicopata e artista ao mesmo tempo. Ele é sensível. Tem um talento incrível! O apartamento dele é cheio de telas maravilhosas, é incrível conversar com ele.
— Meu Deus, você está apaixonada.
— Olha só quem fala, você está namorando seu chefe…
— Eu não estou namorando meu chefe.
— Não foi o que pareceu, minha amiga...
Eu não sabia o que dizer. Sim, depois do encontro, ficou óbvio para nós dois que era o início de um relacionamento — mas ele ainda não tinha nome.
Aninha me mostrou a foto do cara. Ele era bonito, e por mais que eu não quisesse dar o braço a torcer, fazia um par bonito com a minha amiga. Ela mandou eu parar de ser emocionada, porque, segundo ela, era algo recente, sem definição, e