Minha cabeça latejava incessantemente, aperto os olhos e pisco inúmeras vezes para adaptar minha visão a luz forte.
- Ele vai morrer também? – ouço a voz distante de Melissa chegar arrastada aos meus ouvidos.
- Ele está se recuperando. – era possível ouvir os gestos cansados de Ottavio ao andar devagar pelo quarto.
- Já tem quase um dia que ele não acorda. – a preocupação carrega as palavras de Bartolomeu.
- Ele perdeu muito sangue, mas vai ficar bem. – o segundo irmão estava cansado, mas preocupado demais para se permitir dormir.
- Ainda não chegou o dia que vocês vão se livrar de mim. – minha garganta se fechar e queima com cada palavra.
- Puta merda, Andrea. – Otto passa a mão pelo rosto derrotado.
- Preciso de um pouco de água. – me forço para sentar na cama, sinto os músculos se contorcerem com os movimentos. – Sinto que um trator passou por cima de mim, e mais umas cinco vezes só para garantir. – uma risada seca sai por meus lábios.
- Aqui. – Mel se senta ao meu lado na c