CAPITULO 15

Encaro a parede ao fundo por alguns segundos que duram uma eternidade.

“Um mês”

Obrigo meus pulmões a se encherem de ar, o peito doendo pelo esforço.

- Como ainda estou viva? – meu olhar caminha pelo quarto, rosto por rosto, todos apreensivos, com medo. – Eu deveria estar morta.

- Ottavio é um ótimo médico, e tivemos a ajuda de um amigo da família. – Andrea quebra o silêncio, a voz grossa e baixa, os olhos focados em mim, em cada movimento, gesto, demonstração de dor.

- Como vim parar aqui? – me forço a sentar na cama novamente.

- Por favor, fique sentada. – seu rosto se contrai como se cada movimento meu lhe causasse dor. – Você ainda não esta cem por cento, precisa descansar. – o homem pede com carinho, sinto meu rosto esquentar com o excesso de atenção.

- And está certo. – encaro Ottavio e dou um sorriso discreto ao ouvir o apelido que os irmãos deram ao capo. – Você precisa descansar, se hidratar e se alimentar também. – ele levanta e retira a bolsa de soro quase vazia. – Seu corp
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