Hunter Knoefel
O brilho no olhar dela havia voltado e, junto com ele, minha alegria também. Levei-a para jantar, conversamos longamente, e em meio ao clima descontraído, Maitê me perguntou sobre nossos casamentos em Las Vegas. Contei com riqueza de detalhes, mostrei fotos, vídeos, e fui descrevendo com detalhes o tipo de amor que vivíamos.
Depois, a pedido dela, caminhamos à beira do mar. Fazia muito tempo que eu não me aproximava das águas profundas; só a ideia já me trazia lembranças dolorosas. Mas naquele instante, não hesitei: segurei firme a mão dela, como se fosse um elo que me ancorava no presente, garantindo que nada — nem memórias, nem medos — a afastaria de mim. Eu ainda carregava gatilhos traumáticos, mas, com ela ao meu lado, me permitia encarar tudo.
Quando chegamos em casa, minha mãe abriu um sorriso largo ao nos ver.
— Nem vou perguntar se vocês vão jantar… — comentou divertida, cruzando os braços. — Pelo visto, e pelo horário, já comeram na rua, não é?
— Boa noite