Maitê Moreli
A noite havia sido um tormento. Eu rolei na cama sem conseguir descansar, e a verdade é que me sentia mal com a forma como Hunter saiu do quarto. O “boa noite” que ele me deu soou como um adeus, e a simples ideia de que pudesse realmente ser o fim me causava um vazio quase insuportável dentro do peito. Era estranho… como é possível desejar que alguém esteja longe e, ao mesmo tempo, querer essa pessoa cada vez mais perto?
Já passava das oito da manhã e, diferentemente do costume, ele não havia passado para me ver antes de ir trabalhar. Um aperto tomou conta do meu estômago. Vesti um vestido simples e desci até a sala de jantar, onde encontrei Krystal e dona Rosalie já tomando café.
— Bom dia! — cumprimentei, tentando disfarçar a angústia.
— Bom dia, filha. Sente-se, venha tomar café conosco — convidou Rosalie, a mulher que se apresenta como minha sogra.
— Obrigada, mas não. Eu queria saber onde está o Hunter.
Rosalie me olhou com as sobrancelhas arqueadas, um tanto surpres