Hunter Knoefel
Vincent, Wayne e eu estávamos reunidos no meu escritório. O neurologista insistia em apontar meus erros, dizendo que minhas atitudes só poderiam piorar o estado mental de Maitê. Já o advogado não poupava palavras: legalmente, eu ainda corria o risco de perdê-la.
— Vocês dois, em vez de me ajudarem, só sabem me dar choque de realidade! — explodi, erguendo a voz. — Eu não quero realidade, eu quero esperança!
Wayne se ajeitou na poltrona e respondeu com frieza:
— Da minha parte, você não vai ouvir mentira. Se Maitê disser que quer ficar com os pais, e se um DNA comprovar a paternidade, ela ficará com eles, mesmo que você seja o marido.
Vincent entrou em seguida, sem amenizar o peso da situação:
— E o fato de você ter trazido ela à força… Hunter, ela está em negação. Não vai querer fazer tratamento. Para que aceitasse um simples remédio, precisei provar que era apenas um médico querendo ajudar, e mesmo assim custou.
Apertei as mãos em punho, sentindo a raiva latejar.