Hunter Knoefel
O impacto veio seco e traiçoeiro — um soco nas costas que me arrancou o ar e me jogou no chão, caído de bruços. O tapete felpudo do corredor amorteceu a queda, mas o ódio que queimava em meu peito fez a dor desaparecer. Rolei sobre meu próprio eixo, ficando de barriga para cima, a tempo de ver Edward vindo para cima de mim. Meu coração já batia no ritmo da guerra.
Traidor.
Sem pensar, ergui a perna e acertei uma pesada no estômago dele. Ouvi o estalo seco do corpo sendo arremessado para trás, chocando-se contra o quadro pendurado na parede uma pintura de New Haven ao entardecer, presente do nosso pai à nossa mãe. A moldura ficou torta, a tela se rasgou no meio.
Levantei-me cambaleando, mas logo firmei os pés no chão e assumi posição de combate. Ombros erguidos, punhos à altura do queixo. Ele também se preparou.
— Vem então, covarde — cuspi, com desprezo nos olhos.
O primeiro embate foi brutal. Aqueles soquinhos de briga de irmãos ficaram no passado. Agora era insti