Rocco Pussenti
Quando fui em casa, nesses dias em que estive longe da Província, peguei o velho 38 de Nero Pussenti e pensei, por diversas vezes: para que eu trouxe essa arma?
Diante do que acabei de fazer com minha... com minha... com a Waleska, eu merecia uma bala no meio da testa.
Uma coisa era eu amá-la. Esse sentimento, eu não podia controlar. Outra coisa era, mesmo sabendo que ela era minha... irmã, eu ter feito o que fiz. Transei com ela, consciente de quem era.
Eu era um doente!
Mas, ao vê-la clamando por ser amada, com seu belo corpo nu, o cheiro cítrico de uva, a luz do dia sob a videira... não consegui resistir. Fui fraco em demasia.
Eu era um tremendo filho da puta!
Ainda menti para ela, enchi-a de esperança e terei que fazer um esforço sobre-humano para realmente não ir embora levando-a comigo.
Eu era um doente só por cogitar isso.
Ela era minha irmã. E eu tinha que me conformar.
A quem eu estava querendo enganar? Teria de doar todo o dinheiro que possuía e ir morar no Po