Waleska Velasco
Não estava acreditando, Rocco estava bem na minha frente. Porém, seu olhar era frio, triste. Cadê aquela recepção ardente, calorosa?
— Oi, meu amor! Me ajuda a sair da tina? — Ele assentiu e me segurou no braço, de forma estranha.
Abduziram meu namorado! O Rocco que eu conhecia me pegaria pela cintura e me tiraria da tina já me chamando em um beijo maravilhoso. Esse mal encostou em meu braço, como se eu estivesse com peste.
Fui lhe dar um beijo e ele se esquivou. Ali, comecei a entender que as coisas não estavam bem e que Rocco machucaria meu coração.
— Precisamos conversar. — Proferiu sem ao menos me olhar nos olhos.
— Estou percebendo. Diga então.
— É que... — Respirou, como se pegasse força para continuar. — É que... vou embora para o Brasil.
— Vai? Não tem mais “vamos”? Agora é “vai”? — Ainda não acreditava no que estava ouvindo. — Você vai e eu não, é isso?
— Exatamente isso. — Afirmou, ainda sem me olhar nos olhos.
— Olha para mim, Rocco, e me explica o que está