Oryan
— Não — respondi.
Hanna sorriu antes de esvaziar o copo. Ela deixou o objeto em cima da mesa e tirou a capa das costas. Quando me entregou o tecido, piscou antes de caminhar até o grupo que dançava.
Senti ciúmes, ela atraía olhares e agora vestida com esse vestido vermelho, era ainda mais bonita.
Uma mulher a puxou para o centro e bateu palmas a incentivando e mostrando os passos que Hanna logo acompanhou. Todos os que dançavam eram humanos. E vendo seu sorriso, me senti feliz e completo. Eu não sabia que o amor era assim.
Um pequeno floco de neve desceu lentamente na minha frente e logo depois, vários outros caíram por cima de nós, porém, ainda fracos.
Um tempo depois, Hanna correu até mim. As bochechas coradas e seus lábios sorridentes eram sempre encantadores.
— Preciso me esquentar mais. — Seu tom atrevido me fez sorrir.
— Ninguém te impedirá, humana. — Brinquei ao vê-la encher o copo de vinho.
— Claro, você pode gostar disso mais tarde.
— Gostar?
— Sim, dizem que o sangue