— Dr. Jorge, você está se sentindo bem? — Isabela olhou para ele com perplexidade, sem conseguir entender de onde vinha aquela raiva inexplicável.
Se não fosse a febre que lhe turvou a mente, como ele poderia dizer algo tão incompreensível? Se não soubessem que eram apenas colegas de trabalho, alguém poderia facilmente pensar que eram um casal, e que ele estava com ciúmes, porque outro homem estava a cortejando.
Jorge ficou em silêncio por um momento, franzindo a testa.
— O que você está dizendo?
Isabela sabia que o emprego era importante para ela, então respondeu com humildade:
— Nada, nada... Só estava preocupada com sua saúde.
O olhar de Jorge era profundo e impenetrável, como um lago escuro. Ele claramente não tinha intenção de demiti-la, mas arranjou uma desculpa convincente:
— Por consideração ao professor Davi, vou te dar mais uma chance.
Isabela acenou rapidamente em agradecimento.
— Vou me esforçar ao máximo. Garanto que algo como o que aconteceu hoje não se repetirá.
— Pode i