Sandro riu, mas com um riso amargo:
— Ele não feriu minha família?
Ele se inclinou, e Isabela não tinha para onde fugir, sendo pressionada contra a pedra dura atrás de si. A superfície da pedra era irregular, e sua coluna sentiu uma dor intensa. Contudo, ela não demonstrou nada.
Ela apenas respondeu a ele com um tom frio.
— E minha mãe, não foi ele quem a colocou na prisão?
— Se ela não tivesse cometido um crime, quem poderia tê-la mandado para a prisão? E, além disso, a pessoa que você deveria odiar ainda mais, não seria a Milena?
Ao ouvir Isabela defender Jorge, Sandro ficou cada vez mais irritado. Ele agarrou o queixo dela com força, fixando os olhos no rosto dela. Ainda era o mesmo rosto. Mas, para ele, parecia tão distante, tão estranho.
— É assim que funciona? Quem você dorme, é quem você defende? — Ele falou, como se as palavras saíssem com dificuldade. — Isabela, e sua dignidade? Como pode ser tão fácil para você, como se amasse qualquer homem que aparece?
Se Isabela pudesse se