Quanto à Rita, ele sentia uma pena imensa.
Se ela não gostasse de Jorge, se não tivesse a intenção de destruir a família dos outros, se fosse apenas ela mesma, aquela mulher bonita e capaz, tudo seria diferente.
Ele suspirou levemente.
O avô dizia que não se devia julgar uma pessoa apenas pelo que se sentia no momento. Deveria passar tempo suficiente com ela e, se depois desse tempo a pessoa parecesse boa, aí sim que se saberia que era alguém que valia a pena ter por perto.
Mas Rita não era esse tipo de pessoa, daquelas que, quanto mais se conhecia, mais se gostava.
Quanto mais ele a conhecia, mais se surpreendia.
A verdadeira Rita não era uma pessoa com quem fosse valer a pena se relacionar.
Ele se apressou em sair do quarto, com medo de não conseguir se afastar dela. Sabia muito bem que, se demonstrasse o mínimo de hesitação, Rita o usaria mais uma vez e depois o descartaria.
Rita observava Carlos sair.
A porta do quarto se fechou e imediatamente o ambiente ficou em silêncio.
Ela fic