Isabela se virou e viu Jorge se aproximando apressado, com a aparência de quem havia corrido contra o tempo.
O terno bem cortado estava todo amarrotado, a gravata já tinha sido arrancada, a gola da camisa aberta, revelando o pescoço comprido e avermelhado. Não dava para saber se era pelo frio ou pelo álcool.
A gola do sobretudo estava enfiada para dentro, provavelmente ele tinha saído às pressas.
— Como ele está? — Jorge perguntou.
— Ainda estão tentando reanimar... A situação não está clara. — Respondeu Isabela.
Jorge tirou o celular do bolso e fez uma ligação.
— Alô, preciso do melhor médico... Hospital São Lucas. Ele está na sala de emergência agora. Não importa o custo... Certo.
Quando desligou, Isabela já tinha pago as despesas.
— A emergência fica no andar de cima. — Disse ela.
Os dois subiram juntos.
Na porta da sala de emergência, os agentes de trânsito ainda estavam por ali. A investigação sobre o acidente já tinha sido concluída. Havia câmeras no trecho da estrada e o vídeo m