A palavra "anticoncepcional" pareceu atingir um nervo exposto em Jorge.
Seu corpo deu um leve sobressalto.
Isabela se arrependeu um pouco por dentro.
Jorge provavelmente tinha ficado tempo demais sozinho, e, por isso, o desejo dele naquela área estava fora do normal.
Eles vinham ficando juntos com muita frequência nos últimos dias, e não tinham tomado nenhuma precaução. Já eram adultos, não deviam estar correndo o risco de acontecer um acidente.
— Eu vou comprar...
— Nem pensar. — Jorge a interrompeu de imediato. — Isso faz mal para saúde. Se você engravidar, a gente casa. Pode ser? — Ele segurou o rosto dela com as mãos. — Confie em mim.
Isabela baixou os olhos.
Seu silêncio parecia uma resposta.
O coração de Jorge pesou no peito.
— Então, da outra vez, você tomou o remédio? — A voz dele saiu involuntariamente fria.
Isabela não tentou esconder nada.
— Tomei. Eu não queria correr riscos. A essa altura da vida, casar por causa de gravidez... Você não acha meio ridículo?
Mesmo que um dia