Fabiano se inclinou na cadeira com um ar cínico, o sorriso maroto estampado no rosto enquanto cutucava Gabriel:
— Ah, para com esse papinho. Quando foi que você me viu levando mulher a sério? Era teatro puro, só interpretando meu papel.
Danilo franziu as sobrancelhas, o desconforto visível em seu rosto anguloso. Ele se levantou bruscamente, a cadeira arrastando no chão com estrondo.
— Vou vazando, podem continuar.
— Calma, cara! — Gabriel esticou o braço para impedi-lo, com voz carregada de zombaria. — Você conhece o Fabiano, ele sempre foi assim.
— Está me enojando. — Cortou Danilo.
Fabiano ergueu as mãos em sinal de rendição, o brilho travesso em seus olhos escurecendo.
— Beleza, vamos mudar de assunto.
O zumbido insistente do celular de Sandro cortou o silêncio tenso. Ao avisar o nome “Clara” piscando na tela, seus dedos executaram o gesto automático de rejeitar a ligação.
Gabriel levantou o queixo, com os olhos estreitos de curiosidade.
— Então me conta... Está enrolando s