— Quanto tempo você vai levar para me amar a ponto de não conseguir viver sem mim? Cinco anos? Dez? Vinte? Cinquenta? Oitenta? Uma vida inteira?
Jorge falou com a voz controlada, sem deixar transparecer emoção.
— Não sei. Ainda é incerto. — Isabela não olhou para ele.
— Tudo bem, eu posso esperar. — Jorge sorriu levemente. Sua voz ficou baixa e prolongada. — Eu posso esperar o tempo que for.
Isabela sentiu um arrepio no peito. Ela abaixou a cabeça.
— Não faz assim.
— Fazer como? — Ele perguntou.
A atitude de Jorge a fazia sentir uma pressão enorme.
— Me beija.
Isabela olhou para ele, surpresa.
— Mas eu não me arrumei ainda...
— Eu não me importo. — Ele a puxou para mais perto, a mão ainda na cintura dela, acariciando a pele através do tecido. Isabela sentiu um formigamento.
Para tentar encerrar logo a situação, ela abaixou a cabeça e foi se aproximando lentamente. Quando estavam a poucos milímetros de distância, Jorge tomou a iniciativa e ergueu o rosto.
Seus lábios se tocaram, e o ar