Atordoado pelos próprios pensamentos, Sandro desviou o olhar e cortou a conversa:
— É melhor chamar o médico logo.
Naquele momento, Clara percebeu a gravidade da situação. O ferimento dele necessitava de novos curativos, e tanto as vestes quanto os lençóis estavam completamente encharcados.
— Vou chamar agora mesmo! — Exclamou ela, se levantando num impulso. No entanto, ao pisar no chão, uma dor lancinante atravessou seu tornozelo como uma flecha. Desequilibrada, tombou sobre o colchão enquanto lágrimas brotavam involuntariamente, misturando dor física e profunda frustração.
Ao contemplar o choro dela, Sandro apenas soltou um suspiro cansado. Em silêncio, esticou o braço e apertou o botão de chamada da enfermagem.
Não demorou muito para que uma enfermeira aparecesse à porta. Com palavras breves, Sandro explicou a situação, e ela se retirou rapidamente para buscar assistência médica.
Quando o doutor finalmente chegou, Sandro foi categórico:
— Por favor, levem primeiro a Clara de volta