— No momento, estou satisfeito com a vida que levo. — Disse Gabriel, com sinceridade. Fabiano pareceu tomado de melancolia:
— Também queria voltar ao passado.
Voltar ao tempo em que era indiferente ao amor, às mulheres, em que não gastava tanto tempo e energia em uma só pessoa. Mas agora, diante do divórcio, ainda tinha de suportar a dor e a decepção de ver que a mulher que amava não o amava de volta.
Gabriel lhe deu uma avaliação clara e realista:
— Você não tem como escapar.
Talvez aquilo fosse o destino. Ele não podia alterar, não havia como recomeçar: se voltasse atrás, inevitavelmente encontraria Viviane e viveria outra vez a mesma história. Gabriel, na verdade, até acreditava bastante em destino.
Fabiano virou o rosto e perguntou:
— Agora, não dá para mudar?
O peso da dor o consumia. Pensava em Viviane o tempo todo. Chegava a se sentir estranho consigo mesmo. Ela já o havia tratado com tanta frieza, então por que ele simplesmente não conseguia sair de cena de cabeça ergui