O porteiro não queria perder o emprego nem se meter em confusão.
Afinal, fazia muito tempo que ele não via Sandro, e Isabela de fato morava ali. Ele precisava obedecer à moradora.
— Sr. Sandro, me desculpe, mas eu não posso abrir. — Disse ele, hesitante.
Ninguém queria arrumar encrenca com quem estava do lado de fora.
Ele sabia que Sandro já tinha sido um grande advogado.
Um cara poderoso, com quem ele não queria se indispor.
Isabela, do lado de dentro, não se permitia relaxar. Precisava vigiar o porteiro para garantir que ele não abrisse a porta. Seu corpo inteiro estava em alerta, os nervos à flor da pele.
Ela encarou Sandro com firmeza:
— Eu não tenho nada para conversar com você. Isso que você está fazendo é assédio.
Sandro estava visivelmente abatido.
— Você me odeia tanto assim? — Murmurou ele, com os olhos cheios de mágoa.
Ele jamais imaginou que Isabela chegaria àquele ponto de desconfiança, de repulsa, como se ele fosse um monstro.
Ele nunca quis machucar ela.
Ele estava sendo