O relógio marcava oito e cinquenta e oito quando Elara Sterling entrou novamente no saguão da Blackwell Enterprises.
Cada passo ecoava com a firmeza de uma decisão tomada: hoje ela não seria manipulada.
O ar-condicionado gelava o ambiente, e o chão de mármore refletia sua imagem impecável — salto alto, saia lápis, camisa branca perfeitamente abotoada. Um escudo de profissionalismo e frieza cuidadosamente montado.
Mas o coração, escondido sob aquela armadura, batia em um ritmo acelerado.
Damian Blackwell havia a desconcertado na véspera.
Hoje, ela não permitiria que isso se repetisse.
Ao atravessar o corredor principal, foi recebida por Lucas, o secretário pessoal de Damian — o homem de semblante neutro, sempre impecável.
— Bom dia, Srta. Sterling. O Sr. Blackwell a espera. — A voz dele era calma, mas havia algo quase cúmplice no olhar.
Elara agradeceu com um aceno e entrou no elevador espelhado. Observou-se refletida nas paredes de vidro enquanto subia: uma mulher forte, determinada,