O som dos saltos de Elara Sterling ecoava pelo corredor do prédio enquanto ela subia os últimos degraus até o apartamento que dividia com Ellen. As luzes amareladas do corredor tremulavam levemente, projetando sombras inquietas nas paredes. Era como se até o prédio sentisse o peso do nome Damian Blackwell — aquele que, em poucas horas, tinha se tornado uma presença impossível de ignorar em sua mente.
Elara respirou fundo antes de abrir a porta. A cidade ainda rugia lá fora, com buzinas distantes e o som abafado da chuva começando a cair. Dentro, o contraste era imediato: o calor do lar, o cheiro de café fresco e o som suave de música vindo da sala. Ellen, como sempre, estava de moletom largo e uma caneca nas mãos, com o cabelo preso de qualquer jeito e um sorriso que desarmava qualquer tensão.
— Finalmente! — exclamou Ellen, largando a caneca na mesinha de centro. — Achei que tinham te sequestrado naquela empresa de milionários.
Elara soltou uma risada baixa, jogando a bolsa sobre