O dia já avançava quando Elara entrou novamente no escritório de Damian, desta vez trazendo uma pasta cheia de relatórios revisados. Tentava manter a postura profissional, mas cada passo seu parecia amplificado pela lembrança do toque, do olhar e da presença perturbadoramente magnética dele.
Damian estava encostado na beira da mesa, com o terno perfeitamente ajustado, os músculos do peito delineando-se sob a camisa aberta. O cabelo levemente bagunçado, o olhar intenso, o sorriso enigmático — tudo nele parecia projetado para provocar, dominar e excitar, e ela sabia que não existia acaso naquela percepção.
— Elara — disse ele, a voz baixa, carregada de uma intensidade quase tangível — você revisou os números. Mas quero ver como reage quando algo inesperado acontece.
Ela arqueou uma sobrancelha, tentando disfarçar o arrepio que percorreu sua coluna.
— Inesperado? — perguntou, tentando manter a voz firme.
— Exatamente — murmurou ele, dando um passo em direção a ela. O cheiro dele, uma mistura de tabaco, madeira e algo selvagem, envolveu-a de imediato. — Algo que testa não apenas sua lógica, mas seu autocontrole.
Ele se aproximou, de maneira lenta e deliberada. Cada passo parecia calculado, cada gesto uma provocação silenciosa. Quando parou à frente dela, a distância era mínima — só alguns centímetros — suficiente para que ela sentisse o calor emanando de seu corpo, mas sem tocar diretamente.
— Sr. Blackwell… — começou, tentando firmar a voz — ainda estamos falando de negócios.
Ele sorriu, um sorriso que misturava diversão e desafio.
— Negócios, desejo… confiança… tudo faz parte do mesmo jogo. E alguns testes exigem mais do que apenas mente e raciocínio.
Elara percebeu que seu coração disparava, mas não por medo — por uma excitação inesperada, quase incontrolável. Cada detalhe dele, cada movimento calculado, cada olhar profundo era uma provocação silenciosa que mexia com ela de maneiras que não podia admitir.
Damian inclinou-se ainda mais sobre a mesa, apoiando os dedos ao lado dos dela, tão próximos que ela podia sentir a eletricidade entre os corpos. O simples gesto provocou um arrepio, e a mente dela começou a lutar para separar profissionalismo de desejo.
— Sabe — disse ele, a voz baixa, quase um sussurro — a diferença entre uma mente racional e o corpo é que o corpo responde antes que você perceba. E você, Elara, parece extremamente receptiva.
Ela sentiu um calor profundo subindo pelo torso, mas ergueu o queixo, tentando manter a compostura.
— Sr. Blackwell, posso garantir que controlo minhas reações.
Ele inclinou-se ainda mais, de modo que o rosto dele ficou próximo ao dela, e o perfume inebriante misturava-se ao calor da sala.
— É o que vamos descobrir — murmurou ele, tão perto que ela podia sentir a respiração dele. — Cada reação sua me diz algo sobre você. Cada suspiro, cada gesto… é um mapa do que você pode suportar — ou desejar.
O toque quase acidental de seus dedos roçando a borda da pasta fez com que um arrepio percorrera o corpo de Elara. Ela percebeu que ele não precisava tocá-la de fato; cada gesto, cada presença era uma forma de provocação, um comando silencioso que exigia atenção total.
— Damian… — ela murmurou, a voz baixa, traindo o efeito que ele causava — estamos aqui para falar de números.
— Sim — disse ele, aproximando ainda mais o rosto, os olhos penetrando os dela — mas números são fáceis. Pessoas são complexas. E você, Elara… é fascinante.
Um sorriso enigmático curvou os lábios dele, e ela percebeu que não havia escapatória. Ele dominava a situação sem esforço, e cada gesto seu aumentava a tensão, despertando desejos que ela tentava racionalizar.
Ele voltou-se para a mesa e puxou um contrato, mas continuou observando-a de forma intensa.
— Vamos revisar cada cláusula — disse, com um tom de voz que misturava autoridade e sedução — mas quero que cada decisão sua seja tomada com atenção… e desejo.
Elara respirou fundo, lutando para manter o controle. A proximidade física, a voz baixa e intensa, o olhar que parecia ler cada pensamento dela — tudo contribuía para um efeito quase hipnótico. Ela sabia que aquele homem não apenas dominava negócios; ele dominava tudo que tocava, inclusive sua mente e corpo.
Enquanto folheava os papéis, percebeu que a distância entre eles havia se tornado um campo de tensão constante. Cada gesto, cada palavra, cada olhar era um teste, uma provocação calculada. E, quanto mais tentava focar nos números, mais difícil era ignorar a presença dele, tão intensa que parecia ocupar cada espaço ao redor dela.
— Elara — disse ele, aproximando-se novamente — você sente isso, não é? A tensão, a energia… a atração?
Ela engoliu em seco, incapaz de negar.
— Sim — respondeu, a voz baixa, traindo seu próprio desejo.
— Bom — disse ele, com aquele sorriso perturbador — então estamos jogando o mesmo jogo. E, no final, quero ver quem realmente domina a situação.
O relógio da sala passou despercebido enquanto continuavam revisando contratos, mas o verdadeiro jogo estava entre eles. A tensão entre Damian e Elara era palpável, carregada de desejo contido, olhares provocativos e provocações silenciosas. Cada gesto dele era um convite e um desafio, cada palavra carregada de duplo sentido, cada toque próximo um teste do autocontrole dela.
Quando finalmente ela se levantou, usando a desculpa de organizar os papéis, ele permaneceu parado, observando-a com um sorriso enigmático. Ela sabia que o dia não terminaria sem que o jogo entre eles avançasse. Damian Blackwell não era apenas um CEO; era uma presença impossível de ignorar, perturbadoramente irresistível.
E Elara Sterling sabia que o verdadeiro desafio não estava nos números, contratos ou fusões. Estava nele — e ela estava prestes a descobrir até onde estaria disposta a ir para resistir… ou se render.