Mundo de ficçãoIniciar sessãoO despertador tocou antes mesmo que o sol tivesse coragem de nascer.
O som estridente atravessou o quarto silencioso e encontrou Elara sentada na beira da cama, com os olhos fixos no chão. Ela não dormira. Não conseguira. As horas haviam passado como um castigo — longas, lentas, cheias de lembranças que ela tentava apagar em vão.Na mente, a cena se repetia: Adrian, de braços dados com a esposa, sorrindo. Um bebê no colo dele, aninhado com confiança. A imagem era tão serena, tão verdadeira, que doía respirar. Era o tipo de momento que Elara sempre acreditou que viveria com ele um dia — um futuro simples, mas sincero. E agora, saber que aquela vida já existia, apenas sem ela, a deixava com a sensação de que tinha sido apagada do próprio destino.Tomou um banho longo, tentando lavar o nó que sentia no peito. Vestiu-se com cuidado, como quem se prepara para uma batalha invisível. Passou o perfume que Adrian sempre dizia amar, e, ao notar o gesto, sentiu uma pontada de raiva






