A substituta conta em primeira pessoa a analogia no decorrer de vidas de duas almas gêmeas, inicialmente Jacob Scramm e Elisa Bastien, após a morte de Elisa, ela renasce em Aurora, Jacob a reencontra, mas se casa com a sua senhora, a jovem Malvina, mulher má, leviana, para ter proximidade com Aurora. Ambos se envolvem num relacionamento proibido, se amam, mas a diferença de classes, os separam, ainda assim insistem nesse amor proibido por anos, até que mais uma vez o preconceito, os separa para sempre. Quando renascem outra vez, um irá procurar pelo outro, na atualidade, até se encontrarem e mais uma vez lidar com as dificuldades que vão impor, será que desta vez conseguirão vencer os desafios?
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Disse a mim por três vezes seguida olhando para o homem que me casei forçada, a minha frente com uma arma apontada na minha direção, jamais deixarei o nervosismo me dominar, não me arrependo de nada do que diz, mas como não? Eu mereci tudo isto. Sorri nervosa, olhando para frente, não havia como fugir ou esconder, Ernesto me pegou na cama desprevenida, não tive como avisar a Jacob antes.
De repente, todos viraram suas cabeças para o lado, bem lá, totalmente longe, é ele, somente ele. Apenas ele, este não seria o meu fim? Ainda não é o fim, a vida, o amor nunca tem fim. A minha respiração saindo pesada, ofegando, agora não tenho como correr, seria eu ou ele, e entre morrer ou ter que viver sem meu amor, morrer seria a melhor opção.
Olhei pela primeira vez para Jacob a muitos metros de distância, galopando com presa, o tecido azul se destacando na roupa branca, ele ainda está com roupa de dormir, o que será que tem a dizer? Por que este caminho nunca chega ao fim? Meu amor não venha, eles irão matá-lo, dirão a todos que foi por covardia!
— Não deixe, chegar a tempo, mate essa ordinária de uma vez — O disparo foi dado, esperei que a bala encontrasse o seu destino, o meu peito, olhei pela última vez o homem a quem me entreguei gritar sobre o lombo do cavalo vindo com pressa. — ELISA NÃO!
Adeus meu amor! Pensei olhando para ele que em desespero ainda chegava sobre o cavalo, mal chegando ao trajeto, desceu vindo correndo a mim. — NÃO! — Gritou, finalmente seu grito chegou aos meus ouvidos, as palavras ficavam rápidas, os batimentos ou o buraco crescendo em meu corpo.
Um tiro não dói tanto, o que dói é viver nos braços de um homem que não sabe o que é significado da palavra amor, que nunca compreenderá o que este sentimento significa. Fechei meus olhos ao sentir que meu corpo foi para frente e para trás, o que senti em toda a minha vida? Todas às vezes que lhe pertenci valeu por mil vidas, Jacob, meu eterno e grande amor.
Foi o suficiente para não me arrepender agora, nunca, jamais. Senti as suas mãos me tocando, pegando o meu corpo, até que me deparei com os seus olhos verdes. — Elisa, por favor, não me deixe! Médico, Médico, chamem o médico. — Essa foram as suas palavras finais ao chegar ao meu ouvido. — Não me deixe Elisa! — A lágrima de um homem que diz que homens não choram pingou em meu rosto. Unindo-se as minhas, era o fim, se houver outra chance permita-me viver de novo esse amor outra vez! Se não houver, foi válido viver essa.
Clamo a Deus em silêncio, são os seus olhos verdes que fito antes de fechar os meus, a minha vida se vai nos braços de quem eu amo, é a melhor maneira de morrer, ele veio, ele viria por mim, mesmo sabendo que eu decidir morrer por ele, no seu lugar, jamais aceitaria viver num mundo sem teu amor Jacob.
Meu nome é Layne Muniz Assunção, tenho vinte e quatro anos de idade, nasci numa cidade do interior baiano, não muito conhecida, somente pelos festejos juninos, as festas, comidas e a carne de sol, a frinha de mandioca da região, a não ser pela festa de são joão, ninguém mais procura a cidade no reconcâvo da Biahia, pelo menos não aqui em São Paulo, onde estou agora.Claro que vão me perguntar, o que uma baiana de vinte e quatro anos de interior, veio fazer aqui em Diadema, São Paulo, primeiro de tudo eu diria que por sonhos, claro que a minha mãe, dona Rosalia Muniz, te dirá em primeira instância que tudo não passa de fogo no rabo, como é muito comum na nossa terra natal, mas não foi tão assim, na verdade, pode até ser fogo no rabo, o combustível necessário para alguém sair do seu lugar de nascimento para uma terra desconhecida, somente com uma trouxa e medo, sim, medo, eu senti, mas não disse a ninguém.Mas a verdade é que eu sou filha de mãe solteira, irmã de três crianças, pelo meno
– Poderia ter a honra de saber como um marinheiro teve a boa sorte de unir-se a uma linda e jovem dama? – Olhei aos olhos de Henrique, neles eu não vi nada, era como se não houvesse alma, eram apenas olhos para enxengar a sua cor, eu mal saberia dizer, um tom mel, aceitei a dança por ele ser o filho do anfitrião, e Sofia me dizer que eu devia isso a ele. Depois de Henrique me agredir com socos no rosto, tentar rasgar o meu vestido, aquele cavalheiro me defendeu de suas agressões, quando ninguém nunca fez o mesmo, para-lo, Constatine mal saberia a hora de começar, tampouco terminar. – Não sou da nobreza senhor, apenas uma jovem que servia como muitas criadas, ninguém que mereça atenção aos seus olhos. – Jacob nos olhava de canto, mas não somente ele, quase todos os olhos estavam em nós, quando os cavalheiros deram as costas das suas mãos, para as damas enconstarem as suas. Senti o calor do estranho de maneira desonroza no meu punho, retirei de imediato. – Não me parece alguém que já s
Evidente que era tão fácil como papai imaginava, as pessoas da corte não se misturavam aos meros sem titulos, era possível assistir os meros grupos formais rindo alto, conversando, olhando em volta pelo salão. Sabíamos pela tecelagem que poderia ser da corte e quem não, as jovens sempre em grupos rindo, muito bem vestidas em tons claros, rosas de diversas tonalidades, azuis também. Verdes, enquanto meu pai vagou para um grupo, tentei outro de cavalheiros, nosso objetivo é levar a vantajosa fortuna seja lá de quem fosse ao nosso pobre banco, pelo menos cheguei ao baile com esta intenção, até ver o jovem marinheiro em seu grupo de marinheiros olhando perdidamente de um lado a outro. A minha senhora enchia-se do vinho que descia em cascata para as taças, definitivamente mal chegaria a conhecer o filho do conde. Engatei-me a uma conversa com um barão até que a presença do duque e a duquesa de Brunvisque fora anunciada, somente a corte teve essa mordomia, toda a conversa fora cesada. A
O famoso baile movimentava a toda Inglaterra, nunca ouviu-se dizer que o conde tinha um filho, mas também poucos falavam-se em filhos antes da maioridade. Crianças eram seres desprezíveis aos olhos da sociedade, todos ignoravam até ter idade maior para um título. Não tinha inteção alguma em ver, ou saber quem era o conde, o filho do conde, nada a respeito da realeza, apesar de todo o capital financeiro girar em torno deles. Meu pai ainda com sonhos de menino, havia o sonho de ser batizado, tornar-se alguém da corte, para mim, nada mais bastava, além de uma esposa alcolatra, um sogro recém casado com uma jovem de quartoze anos, constantes casos de escandalos, pela cidade, junto a rumores de traição, não me importava, apesar do meu pai alegar que isso era péssimo aos negócios, apenas uma acusação minha, a gilhotina certamente estava a espera do pescoço da minha senhora por infedelidade. Chegamos a Londres, não pelo conde, ou o seu filho que agora será representado. –– Nossa como tudo
Eu já estava pronta para mais uma surra, para mais um abuso, depois o pedido de desculpas, a promessa de mudança. Os olhos verdes do homem grande fixos aos meus, cabelos cacheados castanhos desgrenhados, as mãos apertando em volta do meu pescoço, me deixando sem ar, enquanto a minha cabeça pairava somente em que Nana não visse nada daquilo, não sei porque mas eu tinha vergonha, medo. Abri a boca tentando explicar, até que algo foi erguido em sua cabeça atrás dele, a porrada foi forte, era um pau grosso, logo a imagem de Nana surgiu de trás dele, meus olhos cairam junto com o corpo do meu marido, a cabeça em sangue. –– O que você fez? –– Gritei em desespero.–– Deixar ele lhe matar? –– Engoli em seco, não morri das outras vezes, mas um dia nunca saberei. –– Você esta bem Aurora? –– Assenti tentando saltar sobre o corpo do homem, abaixei diante dele ouvindo sua respiração, como será quando ele acordar? Me perguntei com medo. –– Porque fez isso? –– Indaguei nervosa, a respiração foi bai
Aquela notícia me pegou desprecavida, algo em mim tinha se fechado ao saber que o duque apagou tudo sobre os Bastiens, tenha sido eles da realeza ou não, bons ou ruins, isso me incomodou muito. –– Onde onde estou? – Acordei desorientada algum tempo depois a cabeça doendo, e por mais que eu tentasse recordar, tudo que senti foi tristeza por dentro.Olhei em volta num quarto de papel de parede verde em tons de flores amarelados, somente algumas pintinhas de amarelo formava algo tipo uma flor, o talo verde, era cheio pelo quarto. A cômoda de madeira, cheia de gavetas, além de quadros, tecidos. –– Nos quartos do fundo da modista. – Laviollete respondeu a minha frente, afastei a sua mão quando tentou tocar a minha testa.–– Você desmaiou de repente, também, se encheu daqueles biscoitos... – Reclamou, até que Nana surgiu com uma xícara nas mãos me sentei de pressa, suspirei fundo, a dor persistiu em mim. –– Beba isso, é bom para recuperar-se. –– As suas mãos enrugadas meio que acolhia a xí
Último capítulo