Assim que minhas palavras ecoaram pelo ambiente, o rosto da Nilda desabou de vez, como se toda a máscara que ela tentava manter tivesse finalmente caído.
— Vitória... Agora que você já sentiu o gostinho do poder, vai mesmo acabar comigo assim? Eu já disse que vou pagar o prejuízo! Por que é tão difícil me perdoar? Nunca ouviu aquele ditado? "É dando que se recebe, é perdoando que se alcança a paz"...
Ela forçou um sorriso, completamente artificial, e continuou:
— E além do mais... A gente foi colega de equipe, lembra? Líderes de torcida, o mesmo grupo! Você não vai me dar nem um pouco de consideração?
Ah, que bela lição de moral.
Não consegui conter um sorriso sarcástico. Cruzei os braços devagar, encarando-a com um olhar frio e direto:
— É mesmo? Então deixa eu te perguntar, Nilda... Quando você me barrou na porta lá dentro, quando tentou me humilhar na frente de todo mundo, quando mandou quebrar o meu carro... Por que, naquela hora, você não lembrou da nossa amizade de líderes de tor