Assim que viu o pai descendo do Maybach, Nilda correu até ele, quase tropeçando nos próprios pés, com o rosto todo amassado de tanto forçar uma expressão de coitadinha.
— Pai! — Ela choramingou, agarrando o braço dele como se a vida dependesse disso. — Foi ela! Foi essa mulher que mandou destruir o meu carro! E o Ângelo ainda ficou do lado dela!
O pai dela franziu a testa, impaciente, e lançou um olhar indiferente na minha direção, como quem olha para algo sem a menor importância.
Mas, no segundo seguinte, quando finalmente reparou em mim com atenção, o rosto dele mudou na hora.
A expressão endureceu, os olhos se arregalaram discretamente, e o tom, antes arrogante, ganhou um cuidado súbito, cheio de cautela:
— Senhorita... Como devo chamá-la?
Um leve sorriso de deboche surgiu nos meus lábios enquanto eu respondia com tranquilidade, o tom quase preguiçoso, como se nada daquilo me afetasse:
— Vitória.
Ele franziu ainda mais o cenho, claramente tentando lembrar de onde conhecia aquele no