Capítulo 5

Mel foi em direção ao local onde tinha deixado o seu carro estacionado. Para a sua surpresa, um segurança de terno preto, camisa social branca e gravata preta, assim como os sapatos lustrosos, à esperava ao lado de uma Land Rover Evoque prata. O carro grande chegava a ser um escândalo de tão lindo e perfeito.

- Senhorita, Melanie. Por aqui. Por favor.

A porta do passageiro foi aberta e Mel constatou que o interior do carro, era de couro preto com detalhes prateados. Um luxo. Ela encarou o segurança igualmente charmoso. Alto, pele clara, cabelos loiros, olhos verdes e um sorriso de comercial de pasta de dente.

- Eu não entendi.

- Dona Helena pediu para mim levá-la e trazê-la de Santa Bárbara. Ela disse que a senhorita vai se mudar para cá e pediu também para mim ajudá-la com isso.

- Eu tenho certeza que você tem coisas mais importantes para fazer, e pode me chamar de Mel.

- Eu sou o Zeus.

- O todo poderoso?

O segurança abriu um sorriso largo.

- Não. Eu estou mais para o faz tudo no Monte Olimpo. - Zeus apontou para a mansão. - Nick é o todo poderoso.

Mel revirou os olhos negros.

- Eu posso fazer isso sozinha.

- Infelizmente, não será possível. Como parte da equipe de funcionários da Dona Helena, você terá que seguir o Código de Conduta.

Mel riu com zombaria.

- É sério isso?

Zeus assentiu e apontou para dentro do carro.

- Eu te explico durante a viagem.

Mel teve certeza. Ela não iria se livrar tão facilmente da patroa controladora, e do filho manipulador. Sem saída, ela entrou na Land Rover. Até o cheiro da bicha era diferente do seu AUDI. O veículo cheirava a limpeza como se fosse novinho em folha. Zeus fechou a porta, contornou o carro por trás e sentou na direção.

- Você vai trazer muitas coisas, Mel?

- O básico e um gato.

Zeus parou de girar a chave na ignição.

- Um gato?

- Sim.

- Nick é alérgico a pelo de animais.

- Ótimo.

Zeus sorriu. Ele entendeu porque Mel foi contratada. Ela era autêntica.

Ao entardecer, após tomar um copo de vitamina, Nick ganhou um sermão sem fim da mãe antes dela ir viajar. Ele virou de lado na cama ao ouvir o portão eletrônico deslizante ser aberto.

Mel tomou um banho, trocou de roupa, molhou as plantas do apartamento, pegou toda a comida da geladeira e colocou em uma mala para viagem. Ela não iria jogar nada fora, e também não queria voltar dali um mês, e encontrar a sua casa fedendo a queijo azedo. Ela ligou para os pais para saber como eles estavam, e avisou aonde ela iria estar pelos próximos trinta dias.

Zeus levou as suas malas para o carro. Mel colocou Black na cestinha que ela usava para levá-lo no veterinário e no pet shop, saiu e trancou o apartamento.

- Eu vou passar um mês fora, Gabriel. Não vá arrombar a porta, pensando que eu estou morta lá dentro.

O porteiro rebateu a gracinha.

- Você vai tirar o emprego de algum entregador de pizza. Um mês fora, é um salário a menos.

Mel e Gabriel riram. Eram conhecidos.

Nick viu Mel entrar no quarto e fechou a cara.

- São quase oito horas da noite.

- Obrigada por me informar a hora. Eu creio que o meu horário de trabalho se encerrou por hoje.

- Não seja ridícula. Você não trabalhou por cinco horas. Tem que cumprir sua carga horária.

Mel pegou o medidor de glicose e o de pressão arterial. Ela sentou na cama. Nick cruzou os braços em rebeldia.

- Eu ainda não jantei.

- Eu vou ver como está a sua glicemia para saber o que você pode comer. Me dá o dedo.

Mel tinha tomado banho e colocado outra camiseta branca, assim como a calça jeans mais justa. Nick ergueu o corpo e sentou na cama de casal. Sem cerimônia, estendeu o braço e pousou a mão na coxa grossa de Mel, com a palma virada para cima.

Ele nem sentiu a picada da agulha. Ela pegou o dedo indicador dele e apertou contra a fita de medição de glicose. Após alguns segundos, sorriu para ele.

- Oitenta e quatro. Vamos ver a pressão.

Mel franziu a testa ao sentir que os batimentos cardíacos de Nick estavam acelerados.

- Você está bem?

O garoto deu de ombros.

- Eu não gosto de medir pressão. O meu coração dispara.

Mel sabia que aquilo era bem comum para algumas pessoas. Apesar do ritmo acelerado, a pressão de Nick estava normal. Ela guardou os itens e colocou luvas.

- Deita. Eu vou trocar o curativo.

Nick obedeceu e levantou a camiseta preta do pijama até o queixo, sendo que o ferimento era no abdômen. Mel desdenhou.

- Não perca tempo exibindo músculos e tatuagens para mim. Eu não curto.

Nick manteve a camiseta no queixo. Mel se inclinou sobre ele para fazer o curativo e para o seu completo horror, o pau começou a ficar duro, fazendo o volume aparecer no shorts.

Mel engoliu em seco, e sem desviar os olhos do que ela estava fazendo, disse:

- Adolescentes.

- Não se ache muito. Ele fica duro com qualquer estímulo.

- Eu não quero ficar vendo isso.

Nick sorriu torto.

- Você pode fazer uma atividade extra curricular e me dar uma mãozinha?

Mel pressionou o curativo. Nick gemeu de dor e brochou. Ele ganhou um olhar penetrante e um sorriso de triunfo.

- Eu tenho a mão pesada e não quero te esfolar vivo, garoto.

- Veremos quem vai esfolar quem.

Mel ficou preocupada com o olhar de desejo direcionado para o meio das suas pernas. Ela terminou o curativo e levantou.

- Eu vou trazer a janta.

- Vai ficar em qual quarto?

- No da frente.

Nick abaixou a camiseta lentamente.

- Não feche a porta. Você deve ter um sono profundo e eu posso precisar de alguma coisa.

- Você vai estar alimentado, medicado e com um pinico do lado da cama. Você não vai me chamar durante à noite.

Um brilho intenso nos olhos azuis, e Mel se lembraria de trancar a porta do quarto. Mesmo estando em uma cadeira de rodas e sendo racista, Nick era um garoto com os hormônios em ebulição. E ela, era uma baita gostosa.

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