Enquanto jantava, Nick tinha o olhar fixo na porta do quarto de Mel. Ela estava se organizando, tinha tomado outro banho e vestido um pijama rosa curto de blusa com estampa do Mickey, e um shorts que mal cobria as suas pernas grossas, deixando à mostra as celulites na parte de trás das coxas.
O cabelo cacheado castanho escuro era comprido, descendo até quase a sua bunda grande e larga, que balançava igual gelatina enquanto ela andava pelo quarto, guardando as suas coisas nos armários embutidos. Nick olhou para os seios enormes de Mel e soltou um gemido involuntário. Ela percebeu que estava sendo vigiada e fechou a porta. O garoto fechou o semblante. - Eu acabei de comer! Pode levar a bandeja! Mel suspirou. Ela só queria deitar na cama de casal King Size e dormir por horas. Mas algo lhe dizia que Nick não iria facilitar as coisas para ela. Ela já tinha jantado, alimentado Black com ração e ele pareceu ficar bem confortável no corredor da área de serviço. Apesar dos muros altos, ele não iria escapar. Mas Mel estava com medo da piscina e do movimento de carros na garagem. Black era dócil e manso, por vezes, até preguiçoso. De modo que se enfiava em qualquer lugar e dormia por horas. Ele tinha um ano e foi um presente de um ex-namorado. O gatinho preto era a paixão de Mel e ela não queria dormir sem ele. Muito bem adestrado, Black só fazia suas necessidades na caixinha de areia. Lavado toda semana, era super limpo, saudável, sem medos e cheio de paz. Às vezes, ele parecia um gato de pelúcia, de tão tranquilo e na dele. Nick era alérgico a gatos e estava com um machucado inflamado, Mel teve que se conformar em deixar Black na lavanderia com todas as coisas dele. Água, ração, caixinha de areia, cama e brinquedos. Ela saiu do quarto, foi até Nick, pegou a bandeja vazia e perguntou séria: - Algo mais? São quase dez horas. - Obrigado por me informar a hora. - O garoto desdenhou. - Eu tenho que escovar os dentes, mijar e você tem que passar pomada anestésica nas minhas pernas. Elas não mexem, mas eu sinto dor. - Você pode fazer tudo isso sozinho. - Você está extorquindo a minha mãe. Faça o seu trabalho. Tinha sido um longo dia e Mel estava cansada. Ela não discutiu com Nick e colocando a bandeja em cima da mesa do computador, pegou a cadeira de rodas. O garoto mimado sentou e foi para o banheiro. Ao voltar para o quarto, Mel pegou a pomada sobre a cômoda e colocou na mão. Ela sentiu o cheiro forte de Lidocaína. - Você não deveria usar isso. Pode estar inibindo os músculos. Nick não disse nada com as mãos de Mel deslizando sobre as suas pernas com movimentos firmes e rítmicos. Ele pigarreou para limpar a garganta. - Mais pra cima. Na virilha. Mel riu alto. - Eu não entendo porque você está me deixando toca-lo sempre que tem uma chance. Eu não sou o seu tipo. - Eu não tenho tipo. Eu tenho pressa. Mel foi pega pelo pulso e teve a mão colocada no meio das pernas de Nick. Ela puxou o braço, porém, ele era mais forte e sorriu com os dentes brancos brilhantes. Seu hálito de menta fresca, acariciou o rosto em chamas de Mel. - Você não vê que eu estou carente? - Me solta! - Não. Mel não pensou duas vezes. Com a mão livre, ela esbofeteou Nick. Ele a soltou e levou a mão no rosto vermelho pelo tapa firme. Mel endireitou o corpo e disse furiosa: - Eu mesma vou contar para a sua mãe que eu bati em você por me assediar! - Ela nunca acreditaria! - Nick gritou massageando o rosto dolorido. - Você é louca, sabia?! - Boa noite. Mel se virou para pegar a bandeja e sair do quarto. Nick fez o que ele sabia fazer melhor: Apelar. - Desculpa. A enfermeira não deu importância e foi em direção a porta. Nick disse com frieza: - Eu sempre consigo o que eu quero. Mel não se virou para dizer o que ela pensava. - Você já teve o que merecia. A luz foi apagada e Nick gritou como o garoto mimado e rebelde, que tudo fazia para ter o que queria. E quando não conseguia, ficava irado. Mel seria dele. Só pelo fato dela ter o rejeitado.O sábado amanheceu chovendo e Mel levou Black para o seu quarto durante a noite. Ela deu um alerta para ele não miar em hipótese alguma, e o gato não emitiu um único som. Entretanto, Mel deu um pulo da cama ao acordar e não encontrar o bichinho de estimação.Nick acordou com alguma coisa macia e quente na curva do seu braço. Ao abrir os olhos e acender a lanterna do celular, o susto foi tão grande, que ele não teve reação. O gato preto enfiou a cabeça debaixo do edredom para fugir da claridade e ficou imóvel.Nick franziu a testa quando ele tirou uma patinha para fora e empurrou a mão dele, em um sinal de que não queria a lanterna apontada para a sua cara. A bola de pelo se aconchegou contra o seu peito. O garoto espirrou. Black encarou Nick com curiosidade.Descrente após ouvir Nick espirrar, Mel entrou no quarto e acendeu a luz. Ela não fechou a porta do quarto dela porque Nick poderia ter algum tipo de problema durante à noite. E ela não pensou que Black fosse se enfiar justo na ca
Seus dedos traçaram um caminho pela nuca de Nick que arqueou o corpo musculoso. Mel reprimiu um sorriso cínico. Ela sabia que era muito errado, mas estava gostando de tocar a pele molhada do seu paciente.Ele recostou na borda e ordenou:- Lava o meu peito.Mel sentou do outro lado, ficando de frente para Nick. Ela pensou em dizer para ele mesmo se esfregar, mas mudou de ideia ao ver o tórax molhado, com as tatuagens brilhando em meio a água e espuma.Ela se inclinou para frente e teve dois braços passados em volta da cintura. A enfermeira gritou de susto quando o seu corpo afundou na banheira, jorrando água para todos os lados.Nick riu alto. Mel estremeceu de ódio.- Desgraçado! Imbecil! Filho da pu...Mel foi pega pela nuca com firmeza. Nick olhou para os lábios carnudos dela.- Permissão.A enfermeira ficou atordoada com o olhar diabólico do garoto, e com os movimentos limitados pelo espaço inexistente entre eles. Mel colocou um joelho de cada lado do quadril de Nick e pousou as
A água da banheira tinha esfriado, mas não tinha importância porque dentro dela, fogo e paixão ardia em chamas de desejo. A enfermeira beijou o seu paciente e ganhou uma estocada que arrancou o ar dos seus pulmões.- Tá pensando que acabou?Mel arregalou os olhos negros.- Nós já gozamos.- Eu gozo umas três vezes sem tirar de dentro.Naquele momento, Mel soube com a mais absoluta certeza. Ela estava fodida nas mãos de um garoto tarado que tinha a aceitado exatamente como ela era. Era sobre isso: Aceitação. Mel começou a ficar preocupada. Ela e Nick estavam na banheira há mais de uma hora. Ela tinha gozado três vezes, estava toda dolorida e com as pontas dos dedos enrugadas devido ao tempo dentro da água fria, porém, perfumada.- Chega. Nós temos que sair daqui. O seu ferimento tem que ser lavado, e eu vou fazer uma assepsia. Você não pode ficar tanto tempo sem comer por causa da hipoglicemia.Nick fez biquinho com os lábios que estavam inchados e avermelhados, de tanto beijar Mel.-
Ela estava sem ar após abrir a porta do quarto de passar roupa e Black fugir. Fugir para Nick como se ela fosse uma péssima mãe.Ela se aproximou da cama para pegar o gato.- Desculpa.Nick deitou Black no seu peito e disse sério:- Para de se desculpar. E para de me ignorar como se nós tivéssemos feito alguma coisa errada. Senta.Mel cruzou os braços e disse séria:- Não fale comigo nesse tom de voz autoritário. E não volte a arremessar a bandeja só porque ficou irritadinho. Nick desdenhou.- O meu pai colocou uma cruz pesada nas minhas costas.- O mundo não é um grande arco-íris.Tudo tem um preço.- Qual é o seu?- Eu não tenho preço. Eu tenho valor.Acariciando Black, Nick sorriu torto.- Você vai dormir comigo.Mel riu alto.- Não seja infantil.- Você vai.Alguma coisa no olhar penetrante de Nick, fez Mel sentir um arrepio gelado na nuca.- Sua mãe está me pagando para cuidar de você, e não para mim me enfiar na sua cama. Devolve o meu gato!Nick disse calmamente:- Você vai do
A enfermeira entrou no quarto com a paciência por um fio. Entretanto, Nick fez uma careta de dor e levou a mão no abdômen.- Eu acho que o meu ferimento está inflamado.- Impossível. Eu fiz curativo há menos de uma hora e não estava inflamado.Nick fez cara de choro.- Você pode dar uma olhada?Mel negou com a cabeça.- Eu não sou idiota, garoto. Você quer que eu me aproxime da cama para me pegar.Nick franziu a testa com descrença.- Eu estou com dor. Você não deveria ser mais profissional?Mel respirou fundo. Ela estava sendo irracional, misturando trabalho com sentimentos. Ela se aproximou da cama com um olhar de advertência. Ao erguer a camiseta de Nick, ficou surpresa por ver sangue na gaze.- O que você fez?- Eu não fiz nada. - Ele tinha dado um soco na barriga. - Eu acho que foi por causa do banho demorado.Mel colocou luvas, sentou na cama e trocou o curativo. Nick manteve as mãos abaixadas. Mesmo com o edredom até a cintura, ela pôde notar a ereção dele que disse sorrindo:-
O garoto deitou a cabeça no ombro de Mel e levou os lábios carnudos até o lóbulo da orelha dela. Mel arfou e levou a mão na luminária. Ao acender, Nick afastou o rosto e olhou para ela com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.- Eu posso pedir um favor?Mel teve o mamilo acariciado por cima da blusa e do sutiã. Ele ficou duro de uma forma dolorosa. Ela pegou Nick pelo pulso, e ele não tirou a mão do peito dela. Ele fez um biquinho em formato de coração.- Você poderia me soltar para mim tocar o seu corpo?- Não. - Mel respondeu com aflição por sentir a lubrificação vaginal. - Tira essa pata do meu peito.Nick sorriu com inocência.- Eu estou inválido. Você não acha que eu mereço um pouco de atenção?- Você merece umas boas palmadas na bunda para deixar de ser ousado.Nick ergueu o tórax e deitou em cima de Mel. Ele soltou o peso do corpo e a ereção dele pressionou a coxa dela. Mel teve o rosto acariciado.- Eu poderia transar com as garotas da minha idade. Eu tenho ex-namo
Helena voltou de Miami no domingo à noite, e dispensou os seguranças que a acompanharam na viagem de negócios. Ela fez questão que Zeus, carregasse as dezenas de sacolas de compras para o seu quarto luxuoso. Quando ele entrou no quarto com as últimas sacolas, Helena olhou para ele com evidente desgosto.- Aperta o nó da gravata.Em um domingo à noite, quando todos os outros funcionários estavam de folga na casa da piscina, Zeus estava de terno e gravata. Ele obedeceu depois de colocar as sacolas sobre a enorme cama de casal e esperou pela próxima ordem vingativa.Helena bebeu o último gole de vinho tinto da taça e a estendeu para Zeus.- Me sirva outra taça.- A senhora quer que eu traga a garrafa para o quarto?- Não. Você vai subir e descer todas as vezes que eu esvaziar a taça. - Helena alisou a gravata de Zeus e ergueu os olhos azuis para ele com inocência. - É disso que você gosta, não é? Subir e descer?O segurança olhou para a patroa. Ele pensou outra coisa, mas disse sério:-
Nick jantou e disse satisfeito:- Eu estou feliz pela sua contratação.Sentada na poltrona com Black no colo, Mel suspirou.- Eu não disse que sim.- Você é minha.- Eu não sou um objeto que a sua mãe pode comprar.O garoto pegou no pau por cima da calça do pijama cor de vinho, sorriu e disse com presunção:- Não finja que nós não estamos juntos.Mel franziu a testa com descrença.- É claro que não estamos.- Tão juntos que a minha porra está na sua calcinha.Mel levantou com Black debaixo do braço e pegou a bandeja com a outra mão.- Vai usar o banheiro e escovar os dentes. Não me espere para dormir comigo. Se eu vou ficar, as coisas serão do meu jeito.Nick estreitou os olhos com raiva.- Você é paga para cuidar de mim!- Exatamente. Não para deixar você me comer com elogios falsos.- São verdadeiros! Eu não tenho culpa se você tem baixa autoestima!- Boa noite.Mel saiu do quarto. Nick gritou:- Mãe!Helena fingiu que não ouviu. O filho tinha que começar a se virar sozinho. A única