RimenaOutra vez Saymon faltou derrubar as paredes do quarto, ignorando qualquer pedido de não faça barulho. Segundo ele, a sogra não escuta se não quiser.— Não é porque descobrimos que temos poderes que o senhor pode me jogar pelos cantos, seu tarado brutamontes.— Eu sei que gostou. É tão selvagem quanto eu. Confessa.Sim. Eu adorei.— Não gostei não — minto.Ele percebe a mentira e me provoca.— Desculpa. Prometo que só ficaremos no “papai e mamãe”. Algo bem comum e sem graça como a senhora gosta.— Você devia dizer que o sexo comigo nunca será sem graça. — Mordo seu peito. Ele geme. — Saymon...— Sim?— Eu gostei. Foi muito gostoso e eu quero mais assim.— Eu sabia. — Ele segura meus cabelos me fazendo encará-lo. — Quer mais agora?— Não. Agora eu quero dormir. *De manhã acordo agarrada ao seu corpo.Saymon está em profundo silêncio. Apenas suas mãos acariciando meus cabelos provam que está acordado.— Devíamos enfrentá-lo hoje. — Passo meus dedos lentamente pela pele da sua ba
SaymonObservo ela se despedir do nosso filho pela quinta vez.— Mãe, cuida bem do meu Nicolas — pede com voz chorosa.A rainha se afasta dela empurrando o carrinho com meu filho.— Vai logo. Quanto mais demorar para ir mais vai demorar para voltar.Não contamos para minha sogra o que faríamos, apenas pedimos para ela cuidar do neto que iriamos resolver algumas coisas. Ela sabe que atacaríamos o rei, apenas não sabe que será hoje.— Pronta? — Seguro sua mão. Ela a aperta.Estamos na frente da cabana. Eu decidi usar preto, já Rimena preferiu um manto da cor do vinho. Segundo ela, preto era a cor de Diana. Eu diria que era bobagens já não estive vidrado demais no vestido estrelado que ela customizou com seus poderes, deixando sexy demais para a minha sanidade.— Sempre — responde. — Vamos acabar com a tirania desse rei.Sinto que ela vai nos transportar. Planejamos aparecer de repente no castelo.Ainda não. A puxo e ela se surpreende batendo contra meu peito.— O que foi? — Não vou
SaymonUm pedaço de mim morreu e voltou a vida naquele ataque.Ver o sangue de Rimena nas mãos do rei, saber o significado. Mesmo que eu não tivesse a intenção de contra suas ordens de não matar, saber que ficaria impotente em uma situação de vida ou morte com aquele maldito me deixou irado.Eu pensei que o máximo que sentiria seria raiva. Isso foi até ver a adaga perfurando o peito daquele homem, até entender o que significava.Impotente a vi lutando pela própria vida. Isso exauriu suas forças.— Guardas!!!! — grito com ela em meus braços. Um homem aparece na porta. E com um gesto dele outros aparecem. — Onde fica o aposento mais próximo?— Me siga, senhor! — o primeiro homem se dispõe.— Leve o rei e cuide para que ele seja tratado e preso na ala real — digo aos que ficaram.Pois é, nunca vi, mas sei que aqui nesse castelo tem diferente tipo de masmorras, entre elas uma prisão luxuosa para que pessoas da realeza ou muito poderosas aguardem julgamentos.O guarda abre a porta de um qu
SaymonQuando saímos da casa do casal, obviamente Rimena quis aproveitar que estávamos perto para visitar suas amigas.A deixo na casa de Carmen com a justificativa que resolveríamos alguns negócios nos arredores.Lembra daquele imbecil que ajudou Diana a montar a armadilha que quase levou meu filho e minha mulher? Pois é, eu não esqueci. É hoje que estripo aquele bastardo. Rimena não precisa saber. Ela é boa demais e me castigaria por tirar a vida de alguém. Mas essa já estava marcada.Soube que ele estava em um apartamento luxuoso. Aposto que pago com dinheiro de seus crimes contra inocentes.Vou até a porta do prédio e sou parado por um segurança.— Pois não? — ele diz.— Estou aqui para matar dolorosamente o morador da cobertura — respondo prontamente.— O que di... — ele começa a questionar, mas é interrompido por outro guarda. Uma que conheço bem.— Boa tarde, Saymon. Pode subir.Aceno e sigo para os elevadores. Ainda posso ouvir o homem questionar:— Mas ele disse que vai matar
Havia uma profecia com uma princesa e um homem que se transforma em lobo. Assim o mundo que ruiu foi reconstruído.A profecia data do início de Estrela, que surgiu há milhares de anos de uma separação dos seres místicos dos humanos.Por inveja, os humanos se aproximavam cada vez mais da perfeição no que se referia a armas para destruí-los. A última invenção pretendia retirar de forma cirúrgica os poderes de qualquer ser e usar em humanos geneticamente criados. O que mais agravava a situação era que havia uma raça traidora entre os seres mágicos, essa raça eram os lobos, cujo único poder vinha de se transformar em um animal feroz e poder se comunicar com qualquer outro como ele através da mente. Eles também invejavam seus “iguais” por muitos terem maior poder. Por isso, se uniram aos humanos para roubar poder dos outros seres.Foi uma feiticeira que uniu os líderes dos seres sobrenaturais e cedeu sua vida para a criação desse mundo mágico chamado Estrela, para afastar todos do mal caus
— Nasceu, majestade. É uma menina.O rei fecha os olhos com força ao ouvir o anuncio da serva. Esperava que viesse um menino. Tudo estava seguindo conforme a profecia.“Não posso aceitar que essa piralha tire o meu trono. Muito menos que se una a escória do nosso mundo.”A serva lhe estende o pacote onde a bebê suja descansa em um tecido destinado apenas a realeza.— Ela não chorou? — pergunta ao ver a menina quieta. — Não escutei outro barulho além dos esforços da rainha.— Não senhor. Nenhum choro.“Isso é bom. É um sinal do destino.” Pensa.Em sua cabeça começa a se formar um plano.— Entendo. Leve-a para a parte mais afastada dos meus domínios. No Oeste, naquela cidade de mulheres sozinhas. Não quero nenhum homem perto dela até que comece suas regras. Quando começar, vou enviar um eunuco para que se passe pelo seu marido. Pagarei para que eles fiquem o mais distante possível de qualquer outra pessoa. Ela tem que morrer virgem. Não deve nem saber o significado da palavra sexo.O re
Dezoito anos depois...RIMENALevanto com a disposição de uma criança em seu aniversário. O que é quase fato, já que é meu aniversário, só não sou mais criança.Hoje é o dia. Ele prometeu me levar dessa vez, justamente por ser meu aniversário de dezoito anos.O sol mal nascia e eu já estava com café pronto para quando meu marido acordasse. Essa era a minha obrigação, cuidar da casa e da nossa alimentação, meu marido cuida para que não nos falte nada, indo até a cidade e comprando tudo que é necessário em casa.— Bom dia! — falo animada quando ele entra na cozinha.Meu marido não tem o melhor dos humores, mas já aprendi a lidar com isso. Eu cresci entre mulheres e elas me ensinaram que os homens são diferentes em vários aspectos. Eles são mais rabugentos, gostam de mandar, são mais fortes fisicamente, entre outras coisas.Só posso confirmar pelo que sei do Nicolai, pois é o único homem que já vi em toda minha vida.Luma, a senhora que me criou, dizia que o rei ordenou que nos casássemo
SAYMONOs lobos não são bem vistos pelas pessoas nesse mundo. São os parias. E eu sou mais que isso. Sou o renegado que sobreviveu quando a feiticeira amada por todos não voltou das chamas.Por isso escolhi algo em que sou bom e me tornei o melhor, alguém indispensável e temido. Não preciso que gostem de mim, basta que temam. A única pessoa que preciso do meu lado é a minha mulher, aquela que me estendeu a mão e me ajudou a ver quem eu era de verdade.— Quantos faltam? — questiono enquanto limpo a lâmina do meu punhal. O vermelho mancha meu lenço branco.— Apenas uma família — ela responde e recebe meu olhar de negação. — Sem crianças. — Trata de deixar claro.— Então vamos acabar com isso. Quero férias. Só nós três. — Guardo o punhal no coturno.— Três? — levanta a sobrancelha.— Você, eu e sua boceta gostosa.Ouço sua gargalhada. Ela sabe que não estou brincando. Transar com essa mulher é surreal. Considero sua boceta a melhor amiga do meu pau, uma melhor amiga bem safada.Dessa vez