Nique
Eu nunca o vi assim antes, nem mesmo quando estava com o coração partido naquele aeroporto, Paco estava tão sem rumo como agora. Fazer amor foi como uma distração para ele e vê-lo tão pensativo me deixa triste. Então eu tive uma ideia maluca. Quer dizer, quando estou triste e depressiva amo comer chocolates. De alguma forma Paco acertou naquela lanchonete do aeroporto em me enviar uma caneca de chocolate quente. Quem sabe com ele funciona também.
O Tim do forno elétrico me desperta e eu o abro um tanto empolgada.
Pois é, resolvi fazer algo bem especial para ele. Portanto, com a ajuda das luvas acolchoadas retiro o refratário do forno, ponho em cima do balcão e me dedico a fazer uma cobertura. Chocolate. Muito chocolate. Açúcar, creme e um pouco de avelã. O cheiro adocicado preenche as minhas narinas e sorrio satisfeita. Depois é a vez de desenformar o bolo, colocá-lo em uma bandeja redonda de vidro e por fim, derramo a calda por cima dele de forma estratégica, até cobri-lo por i