Bennett
— A Júlia te ama, David. E o que ela fez pelo garoto não a torna menos digna. Ela é mãe e o filho estava prestes a morrer. Você que foi um puta de um covarde escroto com ela.
— Deus sabe o quanto me arrependo — ralho insatisfeito.
— Essa é a parte mais importante, David. Então corre atrás daquela mulher e não a deixe escapar por nada desse mundo. — O encaro em silêncio, refletindo sobre o seu conselho.
— Quer saber? Você está certo — retruco, ficando de pé.
— É claro que estou! — Dou algumas tapinhas no seu ombro, abrindo um sorriso esperançoso.
— Sinto muito por ter que agir assim com a sua irmã, meu amigo!
— Ela mereceu. Quem sabe dessa vez ela cresce e vira uma adulta de verdade?
— Obrigado, meu amigo!
— Vai lá, poderos
JúliaMomentos antes da surpresa…… Eu tenho um relatório que diz a hora que você entrou naquele hotel de luxo. Depois, a puta da Júlia saiu com uma mala cheia de dinheiro!Ah, merda! Rosno mentalmente em agonia. Estou inquieta e agitada com tudo isso, porque eu sei, não vai demorar para Monique espalhar esse acontecimento e logo serei julgada pelos meus próprios atos. Angustiada com esses pensamentos, deito a minha cabeça no tampo da minha mesa e respiro fundo algumas vezes.— O que você vai fazer, Júlia? Como você vai sair dessa agora?Meus pensamentos sonoros são interrompidos por algumas batidas na porta do meu escritório e logo Melissa passa por ela trazendo consigo uma bandeja com um copo de suco.— Já sei, você está aí remoendo aquela conversa com aquela maldita lagartixa. — Ela retruca, largando a bandeja sobre a minha mesa.Nossa, ela me conhece tão bem!Bufo desanimada.— Eu nunca deveria ter aceitado aquele cordo com o Sr. de Ferro — resmungo desanimada.— Mas você aceitou.
Júlia— Ai que tudo! — Lina se anima pegando a sua bolsa para ajeitar no seu ombro. — Obrigada, Melissa! — Ela sussurra para a minha amiga bem atrás de mim.— Ok, para onde vamos? — questiono minutos depois, quando entramos no seu carro.— Hum, vamos direto para um buffet.Claro, o buffet!O veículo entra em movimento e o silêncio toma conta do cômodo apertado. Então fito a mulher que tem o seu olhar fixo no trânsito.— Você… viu o David? — Me pego perguntando, mas ela apenas me lança um olhar rápido.— Ah, eu não o vi. — Lina continua atenta ao trânsito. — Parece que ele anda meio ocupado com um projeto grande da Bennett. — Olho pela janela.— Imagino que sim — resmungo baixinho.— Vocês estão noivos. Não estão se falando?— Ah, é… estamos — ralho com desdém. — Mas, hoje não.— Como eu disse, ele anda bastante ocupado. Me diga, como está a minha sobrinha? — Ela volta a me olhar e depois para a minha barriga.— Ela está bem. — Sorrio.— Já estamos chegando, Júlia. Preciso que me ajude
Júlia— Compras? — ralho colocando uma uva verde na boca. — Como assim, compras? — bufo no mesmo instante que o meu estômago começa a roncar e resolvo acomodar-me a mesa para comer algo. — Hum! Hum! — gemo me deliciando com algumas torradas de manjericão e queijo, depois, em um maravilhoso copo de suco. E céus, parece que não como há anos! — Vai devagar, filha ou vou virar uma bola de tanto comer — retruco, dando uma mordida na fatia de bolo de nata e no ato, solto mais um gemido de puro prazer gastronômico, saindo da mesa para ir para o meu escritório. Mas não antes de pegar mais um copo de suco. — Preciso trabalhar. — Faça uma nota mental. Entretanto, assim que ponho os meus pés no piso inferior, a campainha toca e para a minha surpresa, a Lina está em pé bem na entrada da minha casa.— Lina? — indago aturdida.— Bom dia, cunhada! — Ela cantarola, adentrando o hall assim que lhe dou passagem.— O que faz aqui tão cedo?— Então, eu vim te buscar. — Arqueio as sobrancelhas.— Me busca
JúliaPor essa eu não esperava. Penso quando chego aos portões largos e encontro a quietude na entrada do casarão. Nada de operários. A obra quase finalizada está parada e me pergunto onde ele está agora? Fito as rosas vermelhas se balançarem ao vento e me forço a dar alguns passos pela longa passarela de concreto, até encontrar o gazebo decorado com as flores que eu escolhi no dia anterior. Estou com vontade de chorar, mas quero sorrir também. No entanto, puxo a respiração e me forço a continuar. Algumas cadeiras ornadas com tules entram no meu campo de visão e em seguida, algumas pessoas que eu conheço.— Júlia? — Uma voz masculina me faz olhar para trás e pressiono os lábios quando o seu olhar vagueia de cima a baixo pelo vestido de noiva, parando bem no meu rosto.— Paco? — Ele força um sorriso pequeno e sem graça.— Nossa, você está linda! — Apenas suspiro baixo e olho rapidamente para trás.— Ah, obrigada!— Aquele cara ali no altar é um homem de muita sorte. — Forço um sorriso
Júlia— Nós fizemos. — Ele deixa um beijo no topo da minha cabeça. — Preciso que entre na nossa nova casa e que vá até o quarto principal, Júlia.— Espera, nossa casa? — indago com confusão.— É sério que você não desconfiou nem por um mínimo segundo? — Arqueio as sobrancelhas. — Ou eu sou um bom mentiroso, ou você é muito bobinha, Senhora Bennett.Senhora Bennett.— Ai meu Deus, estamos casados! — A minha ficha finalmente cai.— Sim, estamos casados, Senhora Bennett. — David afirma, abrindo o sorriso mais lindo que vi. — E eu te amo por isso! Agora vai lá, porque precisamos ir.— Ir? Para onde?— Para a nossa lua de mel.Encho os meus pulmões de ar. Contudo, lhe aponto o meu indicador.— Você e suas surpresas — ralho ansiosa.— Garanto que você vai amar.Amplio o meu sorriso estupidamente feliz.— Eu não tenho dúvidas disso, meu marido.Então me apresso a entrar no casarão e logo subo as escadas para entrar no quarto principal. O meu coração está batendo tão forte que é possível sent
Bennett — Faça força, Júlia. — Jane pede quando mais uma contração. Decido chegar ainda mais perto dela, segurar na sua mão e incitá-la a lutar pela nossa pequenina. — Só mais um pouco, querida. — Nossa obstetra interpele e na sequência, sinto o aparto firme dos seus dedos nos. — Agora, Júlia!E ela faz mais força. Logo um choro agudo preenche todo a sala de parto e o meu coração parece querer rasgar o meu peito. Uma alegria esfuziante me preenche, me inunda e um misto de sentimentos aleatórios me faz chorar como um menino. De repente me esqueço de tudo. Desse ambiente, dos médicos e até mesmo da minha esposa, apenas para apreciá-la durante todo o procedimento pediátrico.— Quer segurá-la um pouco, papai? — Doutora Iris pergunta. E segurar a minha filha pela primeira vez traz um sentimento ainda mais impactante dentro de mim. É inacreditável que o amor que essa pequenina me faz sentir seja ainda maior do que o que eu já sentia por ela quando estava bem guardada na barrigada de sua mã
ATENÇÃO!A pedido da plataforma, colocarei aqui nesse livro a comédia romântica AMOR POR A CASO de Melissa Jones & Álvaro Abravanel.Boa leitura!!!*******************PRÓLOGOMelissaÉ ASSIM QUE COMEÇA.— O que você acha? vermelho, rosa ou cor de boca? — pergunto para a minha imagem no espelho de corpo inteiro, encarando os três batons que comprei especialmente para esse dia.Ok, Melissa Jones, você já fez vinte e quatro anos e já é uma mulher feite, e independe. E, hoje é um dia muito especial para você. É o dia que o seu diploma renderá uma vaga no grupo Lux Decor. Uma empresa de decoração de interiores que é um grande sucesso dentro e fora desse país. E adivinha? Ela pertence aos meus pais.— Boca — ralho, quebrando a linha dos meus pensamentos. — Hum, não. É melhor um tom rosado — bufo desanimada. — Com certeza não será o vermelho — retruco, largando-o de qualquer jeito em cima da minha cama. — Cor de boca, Melissa. Você não quer contrariar os seus pais justamente no dia que prete
MelissaDESEJO OU ILUSÃO?Anos depois…Quem tem um amigo na praça tem tudo. Penso, enfiando uma porção de pipocas na minha boca e fixando o meu olhar na tela grande, exatamente quando a garota burra adentra um cômodo escuro, justamente quando ela deveria correr para bem longe dali. Imediatamente seguro firme na mão de Paco, que está entre a Júlia e eu, e na sequência a mulherada não segura um grito.— Eu tenho uma pergunta — ralho com o coração na mão e sem tirar os meus olhos da tela. — Por que os filmes de terror insistem em criar personagens burras? Ela só tinha que correr e se esconder daquele psicopata.— Que graça teria, Bonitinha? — Paco retruca divertido. — Se todos eles pensassem com esperteza, não haveria filmes de terror.— Hum, você está certo.No mundo secreto dos “amigos” existem algumas regras que eu gostaria de quebrar. Por exemplo; Paco Trent é nosso amigo desde sempre. Quer dizer, ele veio logo após o casamento de Júlia com Adrian Ricci e desde então, tornou-se um dos