Bennett
— Sente-se, Abravanel! — ordeno, dessa vez ferozmente e aturdida, ela se senta. — Você mexeu nas finanças da B.D sem o consentimento financeiro ou do líder dessa empresa. O dinheiro foi retirado em pequenas quantidades ao longo de três meses e sem uma finalidade trabalhista ou que tenha a ver com essa empresa. Você quebrou uma cláusula importante do nosso contrato de sociedade roubando a empresa em questão e ainda, você comprometeu a lealdade, o compromisso e a boa fé dessa empresa. Sem falar na sua ética profissional que foi ao chão.
— David…
— Não me interrompa quando eu, David Bennett estiver falando! — rujo, fazendo-a se encolher em cima da cadeira. — O descumprimento da cláusula 57 diz que você deve devolver ao sócio majoritário as ações da empresa que estão em seu p
Bennett— A Júlia te ama, David. E o que ela fez pelo garoto não a torna menos digna. Ela é mãe e o filho estava prestes a morrer. Você que foi um puta de um covarde escroto com ela.— Deus sabe o quanto me arrependo — ralho insatisfeito.— Essa é a parte mais importante, David. Então corre atrás daquela mulher e não a deixe escapar por nada desse mundo. — O encaro em silêncio, refletindo sobre o seu conselho.— Quer saber? Você está certo — retruco, ficando de pé.— É claro que estou! — Dou algumas tapinhas no seu ombro, abrindo um sorriso esperançoso.— Sinto muito por ter que agir assim com a sua irmã, meu amigo!— Ela mereceu. Quem sabe dessa vez ela cresce e vira uma adulta de verdade?— Obrigado, meu amigo!— Vai lá, poderos
JúliaMomentos antes da surpresa…… Eu tenho um relatório que diz a hora que você entrou naquele hotel de luxo. Depois, a puta da Júlia saiu com uma mala cheia de dinheiro!Ah, merda! Rosno mentalmente em agonia. Estou inquieta e agitada com tudo isso, porque eu sei, não vai demorar para Monique espalhar esse acontecimento e logo serei julgada pelos meus próprios atos. Angustiada com esses pensamentos, deito a minha cabeça no tampo da minha mesa e respiro fundo algumas vezes.— O que você vai fazer, Júlia? Como você vai sair dessa agora?Meus pensamentos sonoros são interrompidos por algumas batidas na porta do meu escritório e logo Melissa passa por ela trazendo consigo uma bandeja com um copo de suco.— Já sei, você está aí remoendo aquela conversa com aquela maldita lagartixa. — Ela retruca, largando a bandeja sobre a minha mesa.Nossa, ela me conhece tão bem!Bufo desanimada.— Eu nunca deveria ter aceitado aquele cordo com o Sr. de Ferro — resmungo desanimada.— Mas você aceitou.
Júlia— Ai que tudo! — Lina se anima pegando a sua bolsa para ajeitar no seu ombro. — Obrigada, Melissa! — Ela sussurra para a minha amiga bem atrás de mim.— Ok, para onde vamos? — questiono minutos depois, quando entramos no seu carro.— Hum, vamos direto para um buffet.Claro, o buffet!O veículo entra em movimento e o silêncio toma conta do cômodo apertado. Então fito a mulher que tem o seu olhar fixo no trânsito.— Você… viu o David? — Me pego perguntando, mas ela apenas me lança um olhar rápido.— Ah, eu não o vi. — Lina continua atenta ao trânsito. — Parece que ele anda meio ocupado com um projeto grande da Bennett. — Olho pela janela.— Imagino que sim — resmungo baixinho.— Vocês estão noivos. Não estão se falando?— Ah, é… estamos — ralho com desdém. — Mas, hoje não.— Como eu disse, ele anda bastante ocupado. Me diga, como está a minha sobrinha? — Ela volta a me olhar e depois para a minha barriga.— Ela está bem. — Sorrio.— Já estamos chegando, Júlia. Preciso que me ajude
Júlia— Compras? — ralho colocando uma uva verde na boca. — Como assim, compras? — bufo no mesmo instante que o meu estômago começa a roncar e resolvo acomodar-me a mesa para comer algo. — Hum! Hum! — gemo me deliciando com algumas torradas de manjericão e queijo, depois, em um maravilhoso copo de suco. E céus, parece que não como há anos! — Vai devagar, filha ou vou virar uma bola de tanto comer — retruco, dando uma mordida na fatia de bolo de nata e no ato, solto mais um gemido de puro prazer gastronômico, saindo da mesa para ir para o meu escritório. Mas não antes de pegar mais um copo de suco. — Preciso trabalhar. — Faça uma nota mental. Entretanto, assim que ponho os meus pés no piso inferior, a campainha toca e para a minha surpresa, a Lina está em pé bem na entrada da minha casa.— Lina? — indago aturdida.— Bom dia, cunhada! — Ela cantarola, adentrando o hall assim que lhe dou passagem.— O que faz aqui tão cedo?— Então, eu vim te buscar. — Arqueio as sobrancelhas.— Me busca
JúliaPor essa eu não esperava. Penso quando chego aos portões largos e encontro a quietude na entrada do casarão. Nada de operários. A obra quase finalizada está parada e me pergunto onde ele está agora? Fito as rosas vermelhas se balançarem ao vento e me forço a dar alguns passos pela longa passarela de concreto, até encontrar o gazebo decorado com as flores que eu escolhi no dia anterior. Estou com vontade de chorar, mas quero sorrir também. No entanto, puxo a respiração e me forço a continuar. Algumas cadeiras ornadas com tules entram no meu campo de visão e em seguida, algumas pessoas que eu conheço.— Júlia? — Uma voz masculina me faz olhar para trás e pressiono os lábios quando o seu olhar vagueia de cima a baixo pelo vestido de noiva, parando bem no meu rosto.— Paco? — Ele força um sorriso pequeno e sem graça.— Nossa, você está linda! — Apenas suspiro baixo e olho rapidamente para trás.— Ah, obrigada!— Aquele cara ali no altar é um homem de muita sorte. — Forço um sorriso
Júlia— Nós fizemos. — Ele deixa um beijo no topo da minha cabeça. — Preciso que entre na nossa nova casa e que vá até o quarto principal, Júlia.— Espera, nossa casa? — indago com confusão.— É sério que você não desconfiou nem por um mínimo segundo? — Arqueio as sobrancelhas. — Ou eu sou um bom mentiroso, ou você é muito bobinha, Senhora Bennett.Senhora Bennett.— Ai meu Deus, estamos casados! — A minha ficha finalmente cai.— Sim, estamos casados, Senhora Bennett. — David afirma, abrindo o sorriso mais lindo que vi. — E eu te amo por isso! Agora vai lá, porque precisamos ir.— Ir? Para onde?— Para a nossa lua de mel.Encho os meus pulmões de ar. Contudo, lhe aponto o meu indicador.— Você e suas surpresas — ralho ansiosa.— Garanto que você vai amar.Amplio o meu sorriso estupidamente feliz.— Eu não tenho dúvidas disso, meu marido.Então me apresso a entrar no casarão e logo subo as escadas para entrar no quarto principal. O meu coração está batendo tão forte que é possível sent
Bennett — Faça força, Júlia. — Jane pede quando mais uma contração. Decido chegar ainda mais perto dela, segurar na sua mão e incitá-la a lutar pela nossa pequenina. — Só mais um pouco, querida. — Nossa obstetra interpele e na sequência, sinto o aparto firme dos seus dedos nos. — Agora, Júlia!E ela faz mais força. Logo um choro agudo preenche todo a sala de parto e o meu coração parece querer rasgar o meu peito. Uma alegria esfuziante me preenche, me inunda e um misto de sentimentos aleatórios me faz chorar como um menino. De repente me esqueço de tudo. Desse ambiente, dos médicos e até mesmo da minha esposa, apenas para apreciá-la durante todo o procedimento pediátrico.— Quer segurá-la um pouco, papai? — Doutora Iris pergunta. E segurar a minha filha pela primeira vez traz um sentimento ainda mais impactante dentro de mim. É inacreditável que o amor que essa pequenina me faz sentir seja ainda maior do que o que eu já sentia por ela quando estava bem guardada na barrigada de sua mã
ATENÇÃO!A pedido da plataforma, colocarei aqui nesse livro a comédia romântica AMOR POR A CASO de Melissa Jones & Álvaro Abravanel.Boa leitura!!!*******************PRÓLOGOMelissaÉ ASSIM QUE COMEÇA.— O que você acha? vermelho, rosa ou cor de boca? — pergunto para a minha imagem no espelho de corpo inteiro, encarando os três batons que comprei especialmente para esse dia.Ok, Melissa Jones, você já fez vinte e quatro anos e já é uma mulher feite, e independe. E, hoje é um dia muito especial para você. É o dia que o seu diploma renderá uma vaga no grupo Lux Decor. Uma empresa de decoração de interiores que é um grande sucesso dentro e fora desse país. E adivinha? Ela pertence aos meus pais.— Boca — ralho, quebrando a linha dos meus pensamentos. — Hum, não. É melhor um tom rosado — bufo desanimada. — Com certeza não será o vermelho — retruco, largando-o de qualquer jeito em cima da minha cama. — Cor de boca, Melissa. Você não quer contrariar os seus pais justamente no dia que prete