Levei Diana para a casa de campo acreditando que, com o tempo, ela ficaria mais maleável. Que talvez, longe de tudo e de todos, conseguíssemos conversar com calma. Ilusão minha. Cada vez que vou até lá, ela faz questão de me ignorar. É como se eu fosse invisível.
Segui o conselho do meu irmão flores, chocolates, pequenos agrados... nada surte efeito. Nada é suficiente para derrubar o muro que ela construiu à nossa volta. Um muro alto, espesso, intransponível. E, por mais que eu tente, ainda não encontrei uma brecha.
Recebo relatórios diários sobre ela. Sei da rotina, das caminhadas, do pouco que come, do silêncio. Quando vou até a casa, costumo ficar dois ou três dias no máximo. Mais do que isso e o trabalho começa a se acumular, e a distância entre nós só se torna mais sufocante.
Já faz mais de um mês que Diana está lá. Hoje, conversando com Viktor, ele me aconselhou a parar de enrolar e abrir o jogo. Contar tudo. Dizer por que fiz o que fiz. Por mais difícil que seja.
Organizo minha