Apenas fico ali. Presente. Esperando.
Porque às vezes, a presença silenciosa diz mais do que qualquer explicação.Os minutos seguintes à revelação são silenciosos. Diana não chora. Não grita. Apenas permanece ali, sentada na cama, com as mãos pousadas levemente sobre o ventre, como se tentasse sentir algo ou entender tudo.Eu permaneço ao seu lado, sem ousar tocá-la.Suzana entra discretamente com a bandeja do lanche que havia preparado antes. Diana a encara por um instante e, para minha surpresa, agradece com um fio de voz.Ela aceita o suco, belisca uma torrada, mas come pouco.Depois que Suzana sai, ela diz, ainda sem me olhar:- Eu não sei o que fazer com isso, Damian. Eu... não planejei. Não sonhei com isso. E agora...- Eu sei. - respondo baixinho. - E sei que não tenho o direito de pedir nada. Mas... me deixe estar aqui. Só isso.Ela fecha os olhos. Por um instante, parece que vai ceder. Mas logo os abre, firmes.- Não se trata só de m