Depois de alguns minutos mergulhada em pensamentos, tentando digerir tudo o que Damian me disse, decido enfrentá-lo. Ainda sinto o corpo fraco, mas me levanto, visto uma roupa simples e sigo em direção à sala. No caminho, um cheiro diferente me chama a atenção. Sinto o aroma adocicado e cítrico no ar, e meus passos me levam até a cozinha.
Ao entrar, vejo Suzana na bancada descascando... tamarindo. — Senhora, o senhor Damian conseguiu encontrar. Que tal um suco fresquinho? — ela pergunta com um sorriso gentil. Mas eu não respondo. Vou direto até a tigela e pego um pedaço da fruta, levando à boca. Assim que o sabor azedo toca minha língua, todo o meu corpo se arrepia. A boca se enche de água, os olhos se fecham por instinto. É agridoce, forte... e incrivelmente satisfatório. — Assim é bem melhor. — murmuro, com um sorriso que surge involuntariamente nos meus lábios. — Se a senhora quiser, posso deixar uma porção separada para ir degust