Logo ela entra no banheiro, agachando-se ao meu lado com um pano úmido nas mãos.
— Senhora, calma... Respire devagar. Isso vai ajudar a aliviar a ânsia. — diz com doçura.Fecho os olhos e tento seguir suas instruções, puxando o ar em intervalos curtos. Ajudada por ela, entro novamente debaixo do chuveiro. A água fria me traz certo alívio, como se pudesse lavar o cheiro dele, as lembranças, o toque. Cada gota me ajuda a voltar a mim.Suzana me entrega um roupão limpo, e eu me visto com dificuldade. Estou fraca. Sem dizer muito, ela me conduz até a cama. Meus passos são lentos, o corpo pesado.— Venha, senhora. Melhor se deitar um pouco. — diz ela com gentileza, ajeitando os travesseiros.Apenas aceno, sem forças para responder. Me deito e abraço o travesseiro como se ele pudesse conter tudo o que estou sentindo. As lágrimas, silenciosas, começam a cair. Não as convidei, mas elas vêm assim mesmo.O que está acontecendo comigo?Será que estou realmente doent