O cheiro de ferrugem, óleo velho e perigo impregnava o ar. Lá dentro, vozes abafadas. Conversas como serpentes sibilando no escuro.
- ...não é só dinheiro, senhor governador. É influência. Rota internacional por segurança. Vocês lavam nossa presença. Nós apagamos os rastros. Todos ganham. - A voz dele. Victor.Baixa. Arrogante. Um sussurro que carregava morte.Vi sua silhueta clara, andando com mãos nos bolsos. O sobretudo escuro balançando como uma capa de sombra. O governador, pálido, acuado. Homens armados ao redor. Era um teatro. E nós éramos os sabotadores.- Hora de interromper o espetáculo - murmurei.- Vai pelo alto. Eu fecho por trás - ela respondeu, sem emoção.Escalei a lateral metálica do hangar, a estrutura tremendo sob meu peso.Me posicionei na passarela elevada, com visão total.O frio rasgava as luvas, mordia meus dedos.Respirei fundo.A hora era agora.- Equipe Alfa, posição confirmada.Silêncio.Dois toques no r