Três dias.
Três malditos dias desde o inferno naquele armazém.
Três dias sem dormir.
Três dias sendo caçado por fantasmas com nomes e armas. Mas agora eu tinha algo que antes não tinha: o nome. A conexão. E ela.
Rastreá-la foi como seguir um rastro deixado de propósito. Elena não se escondeu. Ela se colocou ali, como uma armadilha feita sob medida para mim.
Hotel de luxo, fachada de conferência internacional, no coração da cidade. Último andar. Nome falso. Quarto 1407. Aquilo não era erro. Era convite.
Subi os catorze andares pelas escadas.
Cada passo, uma batida do meu próprio coração se preparando para o confronto.
A guerra final.
A porta estava entreaberta.
Entrei.
- Achei que fosse demorar mais - ela disse sem se virar. Diante da janela, uísque na mão, cabelo preso em um coque frouxo. A cidade refletia no vidro, distorcida, quase triste. Fechei a porta. Travei.
- Por que não mandou me matar no armazém? - perguntei, firme. Ela riu. Um som seco, sem graça.
Virou-se devagar. E pela p