Diego
Desde o momento em que recebi aquela ligação estranha, algo me dizia que era encrenca. Uma loira, com voz doce e arrogante, dizia querer conversar comigo sobre a minha mulher. Só isso já acendeu todos os alertas.
“Como essa madame sabe quem é a Lina?”, pensei.
E mais... como ela conseguiu o número do meu celular? Esse número só quem tem são os meus homens de confiança. Alguém me vendeu. E eu ainda vou descobrir quem foi o traidor.
Mas por ora, o mais importante é descobrir o que essa mulher sabe. Ela marcou em um restaurante de classe média alta, e só pelo endereço que me passou, dava para notar que ela era de um mundo bem diferente do meu.
Eu teria que descer o morro. Me arrumar. Andar como um cidadão comum.
E foi o que fiz.
Troquei de roupa, coloquei minha camisa nova, tênis limpo, aquele perfume francês que eu só uso em situações sérias. Sabia que precisava estar apresentável — afinal, isso era sobre a Lina. Sobre o meu filho.
Essa era uma chance real de saber onde os