Lina
Rodrigo mal saiu e a saudade já apertava meu peito.
Essas viagens constantes me tiram o sossego. Por mais que ele diga que está tudo sob controle, meu coração insiste em criar cenários terríveis. Ficar longe dele é sempre angustiante, ainda mais quando sei que ele está envolvido em operações arriscadas.
Continuei deitada na cama por mais alguns minutos, respirando fundo, tentando absorver o cheiro do perfume dele que ainda pairava no ar. Era como se ele estivesse ali comigo. Mas não estava. E isso fazia tudo parecer ainda mais vazio.
Levantei com dificuldade. A cabeça pesada, o coração inquieto. Caminhei até a cozinha e preparei um café forte na esperança de despertar e afastar os pensamentos ruins. Tomei em silêncio, sentindo o amargor na boca e no peito.
Voltei para o quarto, organizei tudo e revisei cada detalhe da casa antes de trancar a porta. Eu não estava morando mais com a Brianna, mas ainda descia com frequência para visitá-la. Agora que estou mais na casa do Rodrigo