Michael
Eu ainda não consigo acreditar: vou ser pai. E se eu dissesse que estou calmo, estaria mentindo descaradamente. Por dentro, estou uma explosão de felicidade prestes a vazar pelos poros.
Estávamos todos reunidos na casa do Rodrigo — eu, ele, Nathan, Victor e as crianças. As mulheres tinham saído para experimentar os vestidos para o casamento, levando junto a Helena e a Ketley. Sobramos nós, os pais — ou quase todos já pais — numa espécie de confraria improvisada entre risadas e memórias recentes.
— E aí, Rodrigo? Animado por ser pai de novo? — perguntei, cruzando os braços, sorrindo para o amigo que até pouco tempo atrás fugia de fraldas como o diabo foge da cruz.
— Cara... eu tô amando. Quem diria, hein? Eu, pai de dois. E se a Lina quiser mais um, eu topo — disse ele, com um brilho no olhar.
— Que fase! — Nathan entrou na conversa, balançando a cabeça. — Eu até queria outro, mas a minha morena b**e o pé: dois já tá bom. E olha que ela sempre falava em casa cheia.
— Eu só