Brianna
O dia começou como qualquer outro. Eu estava no escritório com o Michael, tentando ajudá-lo a organizar uma pilha infinita de documentos sobre um processo antigo, envolvendo um homem perigoso que tinha escapado da justiça graças a uma brecha jurídica. Michael estava obcecado, determinado a corrigir o erro.
A cliente dele, coitada, tinha vindo mais cedo, destruída, implorando por proteção. O pior? O homem de quem ela fugia... era o próprio pai. Tóxico. Violento. Intocável.
Michael precisava achar uma forma de colocá-lo de volta na cadeia, e eu estava ali, ao seu lado, vasculhando provas, ligações suspeitas, datas mal explicadas. Mas, sinceramente, meu foco já tinha ido embora fazia tempo.
Tinha algo me incomodando.
Desde cedo, liguei para Lina. Diversas vezes. E nenhuma delas foi atendida.
“Ela deve estar ocupada com o Willy”, pensei no começo. “Talvez tenha ido ao médico, ou esquecido o celular no silencioso.”
Mas agora, passando das oito da noite, aquilo já estav