O silêncio naquele corredor era sufocante. A luz fria, impiedosa, iluminava rostos tomados pelo desespero.
Ana, de joelhos, apertava as mãos contra o peito, tremendo. Seus olhos estavam vermelhos, quase sem lágrimas.
— Senhor... — sua voz mal saía, engasgada na própria dor. — Não leva ela... não leva minha menina... Por favor, Deus, devolve ela pra mim... Ela tem tanto pra viver, pra amar... não pode ser agora... não...
Augusto, sempre o pilar, agora parecia quebrado. A mão dele repousava no ombro de Ana, apertando com força, como se quisesse segurar o próprio mundo que desmoronava.
João estava paralisado, os olhos vidrados na porta, respirando com dificuldade, como se o próprio peito se recusasse a funcionar sem Amanda.
Bruno andava de um lado para o outro, descompassado, agarrando os cabelos, quase sem ar.
José, mais pálido que nunca, tremia inteiro, as mãos suando, o maxilar travado, tentando conter o colapso.
Então... a porta se abriu.
O médico surgiu. Seu olhar baixo, os ombros c