RAFAEL
O som dos drones cortava o ar, zunindo entre as árvores.
As imagens tremulavam nas telas térmicas , manchas vermelhas se movendo dentro de uma estrutura antiga, tomada pelo mato e pelo silêncio.
— Leitura confirmada. — informou o Gama pelo rádio. — Sete sinais dentro do perímetro. Cinco no interior, dois se aproximando pela lateral norte.
Rafael observava em silêncio, a mandíbula travada.
Os olhos fixos no monitor, o corpo em tensão.
— Coordenadas enviadas. — completou o operador. — Estrutura industrial, três andares, acesso principal bloqueado.
André, o Beta de Felipe, se aproximou, analisando as imagens.
A liderança natural transparecia no olhar.
Mesmo sem o Alfa presente, era ele quem mantinha tudo funcionando.
— Esse é o ponto. — disse, firme.
Rafael assentiu, mas o coração batia forte demais.
O corpo reagia antes da mente.
Havia algo errado, e ele sentia.
Enquanto André coordenava as equipes, Rafael tentava se concentrar.
Mas a pressão no peit