(Pov Liandra)
A noite anterior à cerimônia parecia interminável.
Felipe ligou pouco depois da meia-noite, quando Alice finalmente adormeceu em seus braços.
A voz dele, sempre firme, carregava algo diferente — uma inquietação que Liandra sentiu do outro lado da linha.
— Preciso que acompanhe Alice amanhã, o tempo todo — disse ele, sem rodeios. — Nenhum passo sozinha. Nenhum.
— Está achando que algo vai acontecer? — perguntou, tensa.
— Não tenho certeza. Mas o “presente” de hoje foi aviso o bastante.
Houve um breve silêncio antes de Liandra assentir.
— Pode contar comigo, Alfa.
— Confio em você. — A voz dele suavizou. — Ela confia em você.
Quando desligou, Liandra ficou olhando o celular por longos segundos.
Sabia que Felipe raramente dava ordens, e quando dava, era porque o perigo estava próximo.
O amanhecer chegou envolto num ar de expectativa.
Liandra foi até a casa principal pouco depois das oito. Alice já estava acordada, envolta num robe branco, tomando