Liandra acordou devagar, como se surgisse de dentro de um sonho bom que se recusava a terminar.
A luz suave da manhã entrava pelas janelas largas.
O lençol limpo e macio tocava sua pele…
E o peito dela estava tão leve, tão cheio, que era quase impossível acreditar que horas antes ela tinha se tornado outra pessoa.
A primeira coisa que ela notou foi a ausência do calor ao lado.
A segunda… foi o cheiro.
Café.
Café forte.
Café feito por Rafael.
Ela abriu um sorriso.
Um sorriso lento, terno… desses que o corpo sente antes da mente.
Levou a mão ao pescoço.
Depois ao quadril.
Tudo sensível, quente, vivo, mas sem dor.
Apenas aquela exaustão deliciosa de quem foi cuidada, amada e tocada com devoção.
Liandra deslizou para fora da cama, puxou a camiseta dele do chão e vestiu.
A barra batia no meio das coxas dela.
O cheiro dele impregnado no tecido fez o estômago dela apertar.
“Eu também te amo”, ela lembrou, a voz dele, rouca, queimada de emoção, ainda ecoando na mente.
Com o