LIANDRA
O portão de ferro cedeu com um estrondo quando o lobo negro o atravessou.
Liandra chegou segundos depois, a respiração curta, o coração acelerado, o ar pesado de sangue e medo.
Felipe estava à frente, enorme, selvagem, os olhos rubros em fúria, o lobo completamente tomado.
Ao redor, o caos.
Dois corpos rasgados jaziam próximos à parede.
O cheiro metálico do sangue misturava-se ao perfume doce que só poderia ser de Alice.
Ela ainda estava viva. Fraca, mas viva. O coração dela batia lento… e isso bastava.
Liandra se moveu instintivamente, o corpo em guarda, tentando manter o foco enquanto o Alfa destruía tudo ao redor.
Quatro lobos ainda lutavam, mas era uma luta perdida.
Felipe os atacava com uma brutalidade que desafiava qualquer limite.
Ela tentou alcançá-lo pelo elo mental.
“Felipe, pare! Precisamos deles vivos!”
Mas o vínculo dele estava selado no instinto.
Nada, nem voz, nem razão, o alcançava.
Liandra avançou.
O chão tremia com cada investi