O ar entre eles vibrou.
Um segundo bastou para que o controle se tornasse uma ilusão.
Felipe tentou falar, mas as palavras se dissolveram antes de ganhar forma.
Alice, ainda com a respiração trêmula, o olhou como se buscasse uma resposta, e encontrou fogo.
Um fogo que respondia ao dela.
Ele tocou o rosto dela de novo, os dedos traçando o contorno da pele como se memorizassem cada detalhe.
Alice fechou os olhos por um instante, sentindo o toque dele, deixando um rastro quente e elétrico que a fazia perder o ar.
Quando a mão dele apertou a cintura dela o puxando pra mais perto, ele sentiu um calor se espalhar pelo corpo e pulsando em seu ventre. Uma necessidade começou a crescer dentro dela.
A mente gritava para que ela se afastasse, mas o corpo… o corpo já não obedecia.
Felipe aproximou o rosto, a respiração dele misturando-se à dela.
— Eu queria te explicar… — tentou, a voz rouca, entrecortada.
Mas ela não o ouviu com razão.
Havia algo mais forte que a lógica ali.
Ela o puxou para si