Eles cruzaram a porta de vidro como dois fios do mesmo destino, seguindo Leonel pelo caminho de pedras que levava ao bosque.
O ar estava fresco, e o cheiro de pinho se misturava ao som distante de pássaros e à tranquilidade estruturada da matilha.
Leonel andava ao lado dos dois, explicando com naturalidade:
— Aqui é o coração do território — disse ele, apontando para as casas que se alinhavam ao longe. — Famílias, anciãos, trabalhadores… tudo que mantém a matilha funcionando.
Rafael caminhava em silêncio, mas atento, a mão na base das costas de Liandra de maneira discreta, não guiando, apenas presente.
— O anel externo é onde ficam os guerreiros de patrulha — Leonel continuou. — Se quiser, amanhã posso te levar lá. Sem pressa, é claro.
Liandra sorriu, absorvendo tudo com interesse genuíno.
— Quero sim — respondeu.
Rafael olhou de soslaio para ela.
Havia algo orgulhoso ali.
Algo que Leonel percebeu, porque sorriu de canto.
Eles seguiram até o início do bosque, ond